A expansão do agronegócio é o resultado principalmente das ambições provocadas pelo capitalismo. Nesse contexto, pode-se depreender que os agricultores e pecuaristas ao buscarem o lucro dos seus respectivos campos de atuação, não se intimidam com os possíveis impactos que podem ser provocados ao meio ambiente. Em uma primeira abordagem, é válido sinalizar a relação do capitalismo com o agronegócio. Segundo Karl Marx: "O capitalismo gera o seu próprio coveiro". Seguindo essa linha de pensamento, pode-se dizer que para ampliar o lucro, muitos proprietários procuram modernizar as suas fazendas com a implementação de tecnologias avançadas, seja em suas lavouras ou pastos. Desse modo, para aumentar a rentabilidade, a natureza não tem sido um impasse, haja visto que, não é raro encontrar propriedades agropecúarias que se encontram em lugares de preservação ambiental em decorrência de uma falha fiscalização. Dessarte, cabe avaliar os impactos ocasionados pelo agronegócio ao meio ambiente. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), as ações acarretadas da agricultura e pecuária provocou mais de 50% do desmatamento entre 2000 e 2010 na América Latina. Sendo assim, algumas dessas consequências podem ser irreversíveis, como, por exemplo, a extinção de espécies da fauna e flora, degradação do solo e esgotamento dos mananciais, já que as atividades relacionadas com espaço agrário utilizam grandes quantidades de água. Ademais, para aumentar a produção de muitas lavouras, são usados agrotóxicos e fertilizantes que, por sua vez, podem prejudicar não somente a natureza, mas também colocar em risco a saúde da população. Torna-se evidente, portanto, que o avanço irresponsável do agronegócio pode prejudicar o meio ambiente. Como disse Oscar Wilde: " O primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação". Dessa maneira, o Ministério da Agricultura pode incentivar os agricultores a utilizarem em suas propriedades a rotação de cultura, no qual uma parte da terra é usada enquanto a outra recupera os nutrientes, para que se possa fazer um melhor uso do solo sem precisar degradá-lo e, também, a utilização de irrigação por gotejamento, com a intenção de propiciar um melhor uso da água. O Poder Legislativo deve criar uma lei mais rígida e aplicar multas aos fazendeiros e empresas que descumprirem a Legislação Ambiental, a fim de que se possa conter as ações equivocadas do agronegócio à natureza.