Para a ecologia, "hotspot" consiste em regiões com grande diversidade de espécies endêmicas, animais e vegetais, as quais se encontram em elevado percentual de destruição. O termo "hotspot" surge no século XX, mais de duzentos anos após a 1ª Revolução industrial, entretanto apesar do distanciamento temporal, esses possuem estreita relação entre si tendo em vista que o advento da Revolução industrial, foi o propulsor do aumento da demanda pelos recursos do meio que tem como uma de suas principais consequências a degradação ambiental. Contudo, em meio aos fatores mencionados, surge a questão que sem dúvida é uma das mais preocupantes da atualidade: como conciliar crescimento econômico e degradação ambiental. Isso porque sabe-se que o embate entre produtores- sejam esses da bancada ruralista ou não- ambientalistas e pequenos produtores, se torna cada vez mais ferrenho na medida em que a demanda pelos recursos naturais aumenta e a destruição de biomas alcança níveis alarmantes, inclusive no Brasil, que tem como uma das bases de sua economia a exportação de "commodities", tais como: carne bovina, milho, soja, minério, entre outros. De fato a questão que cerne o agronegócio, no Brasil, se torna um grave problema a partir do momento em que há conflito de interesses por parte dos diferentes grupos envolvidos- fazendeiros, pequenos agricultores, indústria mineradora- tendo em vista que o principal fator o qual esses possuem em comum é a dependência pelos recursos que a natureza tem a lhes oferecer sejam estes a nível de exploração direta, mineradores e madeireiros, bem como de maneira indireta, agricultores e criadores de gado, que utilizam o meio natural como auxílio para obtenção de seus produtos. Outra classe, não menos importante que as demais, diz respeito ao pequeno agricultor que necessita dos recursos do meio à sua sobrevivência e a manutenção do abastecimento de produtos provindos do campo à demanda do mercado interno. Portanto, tendo em vista que apesar das peculiaridades de cada grupo, todos esses possuem relevância no cenário econômico do país o avanço da fronteira agrícola se tornou um assunto que merece maior atenção, tanto na esfera pública quanto no âmbito social, no intuito de encontrarem alternativas para uma economia mais sustentável. O que deve ser feito por meio do incentivo a pesquisa que promova o desenvolvimento de tecnologias menos nocivas ao meio ambiente. Para isso é necessário que haja financiamentos, por parte do Estado, a projetos que possuam tal propósito, inclusive àqueles presentes em universidades. Quanto a sociedade, cabe o dever de conscientização sobre os malefícios que a exploração descontrolada causa ao ecossistema, o que deve ser realizado com ajuda da escola por meio de aulas e palestras que expliquem, aos seus alunos, até que ponto a ação antrópica pode interferir no ciclo da natureza sem prejudicá-la. Sendo essas, medidas eficazes para que se possa resguardar algo que é de extrema importância à sobrevivência desta e das demais gerações, recursos naturais.