Título da redação:

O agronegócio e suas áreas de influência

Tema de redação: O avanço do agronegócio e os reflexos no meio ambiente

Redação enviada em 03/10/2016

Desde o início do período colonial, durante o século XVI, as vastas terras brasileiras eram administradas por poucas pessoas- fato que refletiu em uma intensa desigualdade fundiária, e, consequentemente, financeira. Atualmente, a persistência dessa problemática é visível no cenário nacional, visto que possui o agronegócio como principal motivador econômico; entretanto, esse investimento alimentício é capaz de trazer sérios impactos para o meio ambiente. Nessa perspectiva, em uma visão contemporânea, é fundamental analisar a atual situação do agronegócio brasileiro, bem como sua relação com a fauna e a fora. Em uma observação inicial, é imprescindível ressaltar os principais ideais da indústria agrícola, a fim de compreender de que forma o capital provindo desse meio circula no país. Assim como já afirmado por Karl Marx, a sociedade se constrói na luta de classes econômicas; esse fato, notoriamente, pode ser exemplificado na realidade fundiária brasileira, visto que, desde que houve a criação da Lei das Terras, a posse de lotes passou a ser, legalmente, adquirida apenas por recursos financeiros- medida que provocou uma intensa segregação social e foi um dos fatores que promoveram o êxodo rural, isso porque não havia muitas oportunidades para os pequenos proprietários nas áreas interioranas. Essa realidade demonstra uma valorização excessiva dada ao poder monetário originado nas terras, o qual superou a preocupação com a população como um todo, aumentando a desigualdade social e originando a favelização e a marginalização dos centros urbanos. Entretanto, apesar do impacto populacional, as consequências do agronegócio possuem uma área de influência superior ao meio social: o meio ambiental. A exemplo das áreas desmatadas para imposição da monocultura voltada à exportação, é visível constatar uma intensa perda da biodiversidade local, ocasionando um desequilíbrio ambiental e, muitas vezes, originando doenças trazidas à população. Além disso, durante o século XX, as tecnologias provindas da Revolução Verde- as quais são utilizadas para uma maior resistência e produtividade das plantações, apesar de terem promovido um lucro maior às vendas agrícolas, podem vir a causar perdas de minerais do solo e poluição nos rios próximos com dejetos químicos. Portanto, diante das atitudes humanas para com os recursos que o meio ambiente fornece, é observada uma falta de atitudes que amenizem os prejuízos causados à natureza e aos povos prejudicados pela expansão agrícola. Dessa forma, é viável que o Ministério do Meio Ambiente promova ações de conscientização populacional voltada para os latifundiários, promovendo palestras e orientando sobre os impactos ambientais que as grandes plantações, caso forem mantidas sem prevenções sustentáveis, são capazes de trazer. Além disso, torna-se essencial que a reforma agrária seja concretizada no território, através de atitudes governamentais que limitem a expansão agrícola, independente de recursos financeiros.