Título da redação:

Nossos bosques têm mais vida?

Tema de redação: O avanço do agronegócio e os reflexos no meio ambiente

Redação enviada em 03/10/2016

Logo quando foi descoberto, o Brasil começou a ser desmatado devido ao interesse comercial no pau-brasil. Ainda nesse período, as plantações de cana-de-açúcar consolidaram o poder agrário. Nos séculos XVII e XVIII, o desmatamento persistiu em função da mineração. No século XIX, o café era a base da economia nacional. Percebe-se que, ao longo de sua história, a economia brasileira contou com a agricultura e a devastação vegetal. Atualmente não é diferente. O agronegócio é um dos principais setores econômicos do país, mas também um dos principais responsáveis pelos seus problemas ambientais. Segundo um estudo da FAO, o agronegócio gerou cerca de 70% do desmatamento na América Latina, desde 2000. Esse setor está pautado, principalmente, na plantação de soja e palma e na pecuária, que contam com a consequente derrubada de florestas para a formação de campos e pastos. Além disso, a maioria desses desflorestamentos ocorrem de forma ilegal e fraudulenta. É importante citar também que a agricultura comercial recorre ao uso excessivo de agrotóxicos a fim de aumentar a sua produtividade. No entanto, já em 1962, a bióloga Rachel Carson alertou, em seu livro "Silent Spring", sobre os efeitos danosos desses insumos agrícolas para o meio ambiente e para a saúde humana. Dentre os danos, destaca-se o seu acúmulo na cadeia alimentar, a contaminação dos alimentos, rios e lençois freáticos, o empobrecimento dos solos, a intoxicação humana e animal, além dos riscos de causar câncer e anomalias genéticas. Conclui-se, portanto, que o agronegócio relaciona-se com os problemas ambientais do Brasil. Assim, recomenda-se que o governo ofereça vantagens e incentivos fiscais para que as agroindústrias adotem medidas sustentáveis. Além disso, o Ministério do Meio Ambiente deve intencificar a fiscalização dos desmatamentos ilegais, empregando, por exemplo, o controle via satélite de áreas de risco. Por fim, o Ministério da Saúde pode lançar campanhas de redução do uso de agrotóxicos a uma porcentagem que vise à saúde da população e não aos interesses lucrativos da indústria agrícola.