O crescimento do agronegócio no Brasil é uma das principais características do século XXI. Tal crescimento apresenta grande relevância na economia, correspondendo à 23% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Porém, é a principal causa dos impactos ambientais na sociedade atual. Portanto, é imprescindível conciliar o desenvolvimento econômico com o desenvolvimento sustentável. A partir da década de 1960, a Revolução Verde caracterizou-se pelo controle humano sobre processos naturais e domínio de técnicas que possibilitaram a produção agrícola. Dentre essas técnicas destacam-se o uso de insumos industriais, tais como fertilizantes e agrotóxicos. Apesar da Revolução Verde possibilitar o aumento da produção de alimentos, esses produtos químicos deterioram a qualidade do solo, poluem a água de rios e são nocivos à saúde humana. Outro questionamento discutido em relação ao expressivo avanço do agronegócio, é o desmatamento de grandes extensões de terras. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a pecuária é responsável por 80% do desmatamento. Infelizmente, muitos agricultores utilizam a queimada como forma de eliminar a vegetação existente, dando espaço tanto para cultivo quanto pecuária. Além de poluir a atmosfera, essa prática também prejudica a qualidade do solo. Conclui-se que a progressão do agronegócio é inegável, mas é essencial que a Polícia Ambiental aumente a fiscalização e puna os responsáveis pelo desmatamento. O Censo Agropecuário 2006 verificou que aproximadamente 2% dos estabelecimentos brasileiros são de produtos de alimentos orgânicos. Logo, é preciso investir na agricultura orgânica, já que ela respeita o meio ambiente, utilizando medidas simples, como adubos verdes. Com isso, os impactos ambientais ocasionados pelo negócio predatório diminuem consideravelmente, trazendo benefícios para os cidadãos.