Título da redação:

Marte é logo ali

Tema de redação: O avanço do agronegócio e os reflexos no meio ambiente

Redação enviada em 22/03/2018

No filme Hollywoodiano Interestelar, alguns astronautas partem da terra em busca de um novo planeta que possa receber a população mundial, uma vez que os recursos da terra estavam quase acabados, o que levaria a extinção da raça humana. Fora da Ficção, observa-se que a realidade não está muito distante da apresentada no filme, visto que os avanços agropecuários estão acabando com os recursos disponíveis na terra. Tal contexto se apresenta, principalmente, devido a um pensamento imediatista e que sempre visa o lucro. Em primeira Instância, tem-se, de acordo com o filósofo alemão Hans Jonas, que é responsabilidade e ética do homem preservar a natureza de forma a se manter continuamente a vida no planeta. Contudo, em contraponto a essa óptica, o consumo exagerado de carne por parte da população provoca danos irreversíveis, em curto prazo, na natureza, visto que a Pecuária é responsável por 50% dos problemas ambientais no Brasil. Dessa forma, o alto consumo de carne bovina viabiliza a exploração, por parte da indústria agropecuária, dos recursos naturais. Posto isso, faz-se necessária uma mobilização politica e social para controlar esse problema. Não Obstante, observa-se, segundo o pensamento Marxista, que a economia é a base da sociedade, influenciando na maneira de agir e de pensar. Nesse sentido, percebem-se, nas atividades do agronegócio, ações inconsequentes, em prol de uma maior renda, que, em longo prazo, podem comprometer a vida no planeta como é conhecido. Prova disso, no documentário norte-americano “Cowspiracy” é exibido diversas consequências desse capitalismo desenfreado. Dentre eles, o aquecimento global, a eutrofização da água, a contaminação de lençóis freáticos, a compactação do solo e a acidificação dos oceanos. Desse modo, evidencia-se a necessidade da concretização de medidas que protejam o meio ambiente, como as estipuladas no “Acordo de Paris”, porém, com a retirada dos Estados Unidos, por Donald Trump, do tratado, essas metas ambientalistas se tornam, gradativamente, utópicas. Nessa perspectiva, portanto, vê-se a necessidade da criação de normas para atenuar a problemática. Dessa maneira, as Secretarias municipais, em concomitância com o Instituto Brasileiro de Meio ambiente e recursos naturais (IBAMA), deve desenvolver um pensamento crítico em relação a atual situação ambiental do país, por meio da elaboração de campanhas e palestras que demonstrem os graves impactos que o consumo exagerado de carne proporciona na natureza e, assim, diminuir o consumo e a criação de gado de corte no Brasil, logo, amenizando os efeitos dessa prática nos ecossistemas. Ademais, cabe a ONU, com auxílio do IBAMA, garantir que não só o Acordo de Paris como também a Rio+20 e os demais tratados ecológicos sejam cumpridos com excelência, por intermédio de uma fiscalização mais acentuada e, por conseguinte, aumentar a preservação ambiental. Por meio disso, talvez, não será necessário a busca por novos planetas habitáveis.