Embora a globalização tenha favorecido o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, percebe-se, infelizmente, que o agronegócio brasileiro é um dos maiores exemplos das mazelas no âmbito social e ambiental. Essa problemática é decorrente da trajetória histórica da concentração de terras e da importância primordial dada aos lucros obtidos, mesmo que para isso seja necessário prejudicar a fauna e a flora de um país. Primeiramente, ao longo da formação do território brasileiro, a economia de exploração foi um dos alicerces da importância da agropecuária nos ciclos político-econômicos como: o da cana de açúcar, o do café e também do expressivo percentual, desse setor, no Produto Interno Bruto do Brasil atual. No entanto, apesar da relevância dessa “commodity” para os cidadãos e o Estado, há muitos indivíduos que sofrem com a precariedade de suas terras de modo quantitativo e qualitativo, uma vez que não conseguem competir com os latifundiários ou até autossustentar sua própria família. Dessa forma, é evidente o constante ciclo de exclusão e desigualdade na humanidade. Além disso, no século XVIII, o economista Malthus alertava que a população cresceria em progressão geométrica e a produção alimentícia em progressão aritmética, o que geraria uma falta de alimentos. Por conseguinte, não foi o que ocorreu; em contrapartida, a Revolução Verde implantou os fertilizantes, a maquinaria em larga escala e os transgênicos. Entretanto, essas atividades proporcionam prejuízos ambientais como a fragmentação dos solos, a eutrofização dos rios e inclusive malefícios à saúde humana. Pode-se perceber, portanto, que o agronegócio reflete as desigualdades sociais e os problemas ambientais. Assim, é dever do Estado criar campanhas de cuidado com a natureza em parceria com a mídia, já com o Poder Legislativo deve sancionar leis de auxílio financeiro e de cursos de especialização aos pequenos agricultores. Somando-se a isso, as universidades devem promover palestras, em cada núcleo rural, para os latifundiários ensinando-os a como preservar a natureza sem perder a rentabilidade.