O agronegócio, também conhecido como agrobusiness envolve a cadeia produtiva vinculada à agropecuária. Esse segmento é responsável, conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada publicou em 2008, por 36% do PIB nacional. Entretanto, ao mesmo tempo em que engrandece a economia brasileira, o setor, marcado pela grande concentração de terras e automatização da produção, agrava problemas ambientais bastante preocupantes. Nesse contexto de agravos ambientais, pode-se citar a eutrofização. Tal ocorrência consiste na contaminação de rios e lagos por compostos nitrogenados e fosforados. Diante disso, há a proliferação de algas cianofíceas, que após o esgotamento dos nutrientes despejados morrem e geram grandes quantidades de gás carbônico no processo de decomposição. Esse último fenômeno acaba por matar os peixes e “apodrecer” os recursos hídricos. Sendo assim, percebe-se que, quando não há cuidados e precauções suficientes nos grandes cultivos das lavouras do agronegócio, ocorrem devastações ambientais prejudiciais a um dos maiores tesouros, não apenas dos brasileiros, mas também da humanidade: a água. Ainda tratando-se da problemática ambiental, uma polêmica atual refere-se a utilização de transgênicos. Essa prática envolve o manuseio de organismos geneticamente modificados (OMG), como, por exemplo, plantas sem semente, a fim de aperfeiçoar a produção. Entretanto, principalmente ao longo da última década, na qual foi houve um crescimento na aplicação desses seres, pesquisadores vêm notado que a ampliação dos OMG em ambientes naturais pode destruir espécies nativas. Dessa maneira, a rica fauna e flora brasileira, motivos de orgulho nacional, ficariam descaracterizadas ao longo do tempo. Além disso, os organismos não seriam adaptados a tais mudanças, fator que poderia provocar morte por alergias ou aumentar a frequência de câncer. Diante dos fatos apresentados, conclui-se que autoridades, empresários e a sociedade devem encontrar alternativas viáveis para conter os avanços nocivos do agronegócio ao meio ambiente. Nesse sentido, com o intuito de evitar a contaminação de mananciais, as autoridades devem exigir da iniciativa privada e, por conseguinte, fiscalizar o tratamento de águas destinadas à irrigação das lavouras. Também é importante destacar a necessidade da aplicação das tecnologias no controle de plantações. Com o uso de aplicativos para tablets e smartphones, por exemplo, os grandes empresários podem controlar pragas e a quantidade de organismos geneticamente modificados a fim de evitar que um desequilíbrio no meio ambiente aconteça. Por fim, cabe à sociedade também fiscalizar os insumos produzidos pelo agronegócio. Para isso, a população deve denunciar descumprimentos dos códigos ambientais de lavouras e problemas acarretados por produtos OMG. Apenas assim economia e meio ambiente entrarão em maior harmonia.