As terras que posteriormente se chamaram Brasil desde o descobrimento foram exploradas pelos portugueses. Viu-se no Pau-Brasil algo de especial para a produção têxtil e, logo após os colonizadores de fato conquistarem o país, a cana de açúcar foi devidamente plantada onde se retiraram as florestas. A partir disso, a produção extensiva foi o motor da economia que trouxe as pessoas e o agronegócio para as vastas terras brasileiras, refletindo, também, negativamente no meio ambiente. O desmatamento tem raízes históricas no Brasil, já que o grande território, a baixa fiscalização e a tecnologia deram impulso ao modo de produção do agronegócio, que busca sempre novas áreas de cultivo para sua expansão e, com isso, degrada o solo, polui os mananciais hídricos e contribui significativamente para o aquecimento global. Portanto, é possível observar que da Mata Atlântica, presente em quase a totalidade do litoral brasileiro, restam apenas sete por cento da cobertura vegetal segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Também, há a fronteira agrícola, que aumenta seu espaço de cultivo de grãos e pecuária em direção à Floresta Amazônica, prejudicando a fauna e a flora com o desmatamento e as queimadas. Esse processo de retirada da mata contribui para o aquecimento global através do sequestro de carbono que as árvores têm que, quando mortas, liberam todo o carbono para a atmosfera. O sucesso do agronegócio no Brasil é consequência do desmatamento, do descaso com a fauna e a flora e da ineficácia da fiscalização. Logo, é importante que haja maior investimento em pesquisa e monitoramento para que a retirada ilegal da vegetação nativa não ocorra, assim como os incêndios criminosos e a poluição dos mananciais. Por conseguinte, algumas das alternativas sustentáveis são a rotação de cultura (para que o solo usado não perca seus nutrientes definitivamente, alternando o cultivo com leguminosas que repõem o nitrogênio no solo) e o controle biológico (que substitui uma variedade grande de agrotóxicos, danosas ao meio ambiente e ao corpo humano, através de predadores naturais das pragas das plantações). O meio ambiente sofre as consequencias da ambição do ser humano, através do desmatamento, da poluição e da má gestão da produção. Dessa maneira, por meio do Governo Federal, em parceria com a iniciativa privada, poderá aumentar o investimento na pesquisa e do monitoramento. Sendo assim, o desenvolvimento do controle de pragas sustentável, filtros para as fábricas e a identificação dos meliantes é tão importante para o progresso e, paulatinamente, para minimizar os danos do aquecimento global que já é discutido no Protocolo de Kyoto (redução da emissão de gases poluentes em cada país).