A era do café ilustrou o como seria um país tomado pelo agronegócio. Terras do Sem Fim de Jorge Amado mostra essa menor instancia da indústria brasileira. Desde então vinculando seu avanço à destruição. O Brasil carrega um passado de exploração natural. Partindo da colonização, passando pelo açúcar, pelo minério e tantos outros produtos retirados dessas terras. Mesmo com todos os exemplos de que esse não era um caminho a ser seguido, nós o seguimos. Troca-se o café pela soja e a mão de obra pela máquina. Mas a estrutura de desenvolvimento pela agricultura de exportação se mantém. Vivemos as consequências da escolha do acumulo de capital em detrimento da natureza. Reflexos hão de aparecer por toda parte. Por mais que a mídia e as redes tratem desses assuntos, vemos uma banalização dos fatos. O desmatamento é a primeira e mais conhecida reação do avanço do agronegócio, mas não é a única. Acompanhamos diariamente as variações climáticas atípicas e os regimes de chuvas descontrolados. Além da perda imensurável de biodiversidade, de fauna e flora e a contaminação de lençóis freáticos por agrotóxicos. Perdemos, rotineiramente, a maior das riquezas deste país sob nossos olhos. Uma medida em médio prazo é a transição parcial do agronegócio para a agricultura familiar. Compensando parte das terras intensamente utilizadas por meio de incentivo à pequenos trabalhadores. Outra, em maior prazo, é o trabalho em conjunto de escola e comunidade, pelo esclarecimento do manejo com a terra e o respeito à natureza. Assim, teremos uma sociedade justa e verdadeiramente rica.