Produzir para consumir, este é o lema da sociedade capitalista, a qual busca o desenvolvimento industrial acompanhado do aumento do lucro, para isso, é necessário a exploração da natureza, posto que tamanho abuso e má exploração a deixam saturada. A alimentação do capitalismo começa a se tornar insustentável, deste modo, a situação da natureza brasileira deixa de se basear naquela fauna e flora exuberantes, citadas nos romances nacionalistas e indianistas e passa a ter como base a famosa reflexão de Thomas Hobbes: “O homem é o lobo do homem”, ou seja, torna-se o agente de sua própria destruição. Além do grande êxodo rural devido a substituição de mão de obra agrícola, o agronegócio é o maior responsável pelo desmatamento brasileiro:68% das zonas desflorestadas e 65% das pastagens naturais desmatadas foram tomadas por plantações. Com estes dados sobre a expansão da fronteira agrícola observa-se a forte influência advinda do período de colonização, onde o Brasil, como colônia, exportava matéria prima para a metrópole e até hoje permanece esta atividade como maior fonte de renda brasileira, gerando graves consequências, como aumento constante dos índices de extinção e desmatamento. Engana-se aquele que acredita no fim do colonialismo, a exploração da riqueza brasileira por mercados estrangeiros aumenta constantemente. Grandes contingentes de matérias primas são exportados diariamente para países com indústria altamente desenvolvida, os quais apresentam um índice de preservação da natureza muito maior que o do Brasil. Isto se torna nítido na observação da elevação do desmatamento e extinção do meio-ambiente para criação de pastos e lavouras monocultoras. Portanto, para execução das leis dos direitos humanos e recuperação socioambiental é primordial que as empresas envolvidas se proponham a amenizar os danos ambientais causados. Porém, para completa efetividade, o governo deve manter fiscalizações, realizadas pelo Ibama, constantes. Deste modo, evita-se a extinção de espécies brasileiras e reduz o desmatamento, preservando o meio ambiente. Por fim, cria-se uma inter-relação serena entre população, natureza e agronegócio, fazendo jus ás cores de nossa bandeira, representantes da enorme biodiversidade brasileira.