Título da redação:

Avanço Desenfreado

Tema de redação: O avanço do agronegócio e os reflexos no meio ambiente

Redação enviada em 25/09/2016

A partir do ano de 1532 a extração em massa da mata local para a plantação da cana de açúcar sentenciou a entrada do Brasil em um comércio lucrativo para a metrópole, mas nem tanto para as terras brasileiras: o negócio de especiarias. Já hoje, a negociação de especiarias foi substituída principalmente pelo cultivo de Soja e pela pecuária; a exploração e o desmatamento continuam os mesmos; e o negocio à base de temperos e cana de açúcar do século XVI foi substituído pelo agronegócio. Se no inicio do processo colonizador a primeira vítima foi a Mata Atlântica, no inicio dos anos 70 e 80, com a chamada Revolução Verde, foi a vez do Cerrado. 30 anos após o processo, aproximadamente 90% da mata já tinha se perdido em meio à pecuária e à soja, que avançam cada vez mais rumo à região amazônica, formando uma das principais fronteiras do país: a agrícola, que vem sendo consumida pelo Arco do Desmatamento, localizado na região Norte do país. Entretanto, não só do desmatamento se constrói o problema do agronegócio em nosso território. Nos dias atuais, o elevado custo para se aumentar a produtividade do solo é um problema que, segundo dados do livro de nível Médio Geografia Geral e do Brasil, corresponde à aproximadamente o dobro do custo do desmatamento para essa mesma área. Portanto, tanto a redução nos custos de implementação de tais métodos de aprimoramento do solo, quanto a conscientização do agricultor que, muitas vezes, não visualiza a consequências dos seus atos a longo prazo, é essencial para a produção consciente de produtos agrícolas. Dessa forma, e, como dito anteriormente, é de suma importância que o Ministério da Agricultura invista em propostas de redução dos custos para a melhoria do solo, incentivando, assim, o não desmatamento por parte dos grandes agricultores. Além disso, o governo deve implementar e aplicar com maior rigor penas ligadas à preservação de áreas florestais, principalmente na região da fronteira agrícola, para inibir o processo de retirada da mata e preservar a paisagem local. Com a aplicação de tais medidas é provável que o avanço desenfreado do agronegócio seja controlado.