Diante das mudanças climáticas ocasionadas pela ação humana, a sociedade atual procura soluções para amenizar os impactos ambientais. Sendo assim, as práticas agrícolas em voga no Brasil precisam adequar-se a essa nova postura de ética ambiental, uma vez que as atividades agropecuárias acarretam em enormes prejuízos ecológicos. Primeiramente, deve-se ressaltar que o agronegócio no país está voltado prioritariamente para o mercado externo, dessa forma deve atender a grandes demandas, esse fator associado ao esgotamento do solo, impõe a necessidade da constante expansão das fronteiras agrícolas. O que leva ao desmatamento de áreas florestais. Sabe-se, por exemplo, que a Amazônia, que abriga a maior biodiversidade do planeta, perdeu uma área de floresta gigantesca em decorrência das atividades da grande empresa agrícola. Em segundo lugar, o uso de substâncias tóxicas, como pesticidas e agrotóxicos nas lavouras, os quais podem contaminar lençóis freáticos são causa de intensa preocupação. Ainda sobre o fator água, a quantidade desse recurso que é empregado na irrigação das lavouras é imensa. Da mesma forma, o setor pecuarista é, também, responsável por intensos impactos ambientais, haja vista que boa parte da agricultura está voltada para a produção de rações para o gado, o qual necessita constantemente de novas áreas de pastagens. Além disso, os animais ruminantes liberam metano na atmosfera, gás este que é responsável pela intensificação do efeito estufa, e o Brasil possui um dos maiores rebanhos do mundo, aliás, a população do gado supera a de humanos no planeta. Portanto, diante do apresentado fica claro que medidas devem ser tomadas a fim de aplacar os danos à natureza. Uma alternativa viável seria o incentivo governamental em prol da agricultura familiar e aos cultivos orgânicos. Nesse mesmo sentido, uma reeducação alimentar é altamente relevante, visando à construção de hábitos alimentares mais conscientes, com um menor consumo de carne por exemplo. Não obstante, faz-se extremamente necessário, ainda, assegurar a eficiência dos órgãos e leis de proteção ambientais, para barrar o avanço das pastagens e das áreas agrícolas.