Título da redação:

Agronegócio: para uma produção mais racional

Tema de redação: O avanço do agronegócio e os reflexos no meio ambiente

Redação enviada em 28/09/2016

Segundo Paul Watson, diretor do Greenpeace, "a inteligência é a habilidade das espécies para viver em harmonia com o meio-ambiente". Tal capacidade não tem sido praticada pelo agronegócio brasileiro, haja vista que o avanço desse setor tem gerado prejuízos para a natureza. Nesse sentido, é necessária a análise e correção dessa problemática. A priori vale lembrar que a modernização conservadora da agropecuária impacta na vida urbana do Estado. Já na sua colonização, a agricultura do país é fundamentada no tripé: latifúndio, monocultura e exportação. Esse modelo gerou uma concentração fundiária que se agravou , na década de 60, com a Revolução Verde. Consequentemente, houve o encarecimento das produções agrícolas, falência de pequenos produtores, êxodo rural, inchaço populacional nas cidades e, por fim, os problemas socioambientais nos municípios. Outrossim, desequilíbrios ecológicos também são ocasionados no meio rural. Tais equívocos derivam da antiga noção defendida por filósofos empiristas, como David Hume, o qual prega ser o homem exterior à natureza. Adotando essa doutrina, muitos ruralistas buscam o lucro de forma inconsequente através do uso desmedido de agrotóxicos e fertilizantes, bem como a manutenção de técnicas arcaicas, a exemplo das queimadas. Cria-se assim um paradoxo, pois aqueles que dependem dos recursos naturais são os mesmos que contribuem para os problemas climáticos, as perdas no solo e a escassez hídrica. A solução desses equívocos, portanto, demanda atuação de múltiplos agentes. Para tanto o Ministério do meio-ambiente pode estabelecer punições mais rigorosas para os crimes contra a natureza e incluir um pagamento por serviços ambientais na legislação, objetivando assim incentivar os que contribuem com práticas sustentáveis. Juntamente, visando conter o êxodo rural, o Governo Federal deve oferecer subsídio para pessoas que vivem da agricultura familiar.É preciso também que os cidadãos denunciem queimadas e desmatamentos ilegais para órgãos fiscalizadores, como o IBAMA(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Desse modo, a racionalidade defendida por Paul Watson talvez poderá, finalmente, ser aplicada.