Título da redação:

Agronegócio e natureza: inversamente proporcionais

Tema de redação: O avanço do agronegócio e os reflexos no meio ambiente

Redação enviada em 08/10/2016

Com o advento da Revolução Verde, no final do último século, proporcionou-se a ascendência do uso de maquinários agrícolas, pesticidas e agrotóxicos. A partir desses novos componentes, aumentou-se a produção e renda dos grandes latifúndios e, paralelamente, os impactos ambientais. Diante disso, o agronegócio constitui-se de uma prática insustentável no que tange os recursos naturais, e isto representa um entrave que modifica todo o cenário ambiental. Sabidamente, ou deve-se saber, o avanço do agroextrativismo é diretamente proporcional à degradação ambiental. Segundo uma instituição da ONU para alimentação e agricultura, 70% do desmatamento na América Latina tem o agronegócio como sujeito. Dessa forma, a agricultura inviabiliza a proposta de desenvolvimento sustentável, uma vez que a natureza não está sendo utilizada a fim de preservá-la para as gerações futuras. Na esteira desse raciocínio, o problema é concretizado com a aversão à agroecologia e com a bancada ruralista no Senado Federal. A agricultura aliada à ecologia surgiu como um mecanismo de freio dos problemas ambientais, entretanto, esta prática é ainda subjugada como perda de tempo no cultivo, visto que agrotóxicos são mais baratos para o manejo do pasto em relação ao lucro em alta escala na colheita do que o uso agroecológico. Ademais, os políticos donos de terras não elaboram, e não são a favor, de leis mais eficazes para cessar o uso de produtos químicos. O agricultor não encontra obstáculos na hora da compra e venda de produtos que tem substâncias proibidas por lei. Depreende-se, portanto, que o agronegócio é um gargalo e, significativamente, um processo que degradará toda a natureza que impedir seu crescimento, é preciso intervir. Para tanto, o Ministério da Agricultura e a Embrapa devem dar incentivo à PEC de Desmatamento Zero a fim de acabar com os prejuízos ambientais nas zonas rurais do Brasil. Cabe, também, a esses dois órgãos, aumentar os impostos e fiscalização, com auxílio da Polícia Federal, dos insumos agrícolas, para que, respectivamente, os agricultores repensem no manejo agroecológico e que prendam e/ou multem quem infringir a lei de proibição da compra e venda de agrotóxicos proibidos.