Já afirmava Claude Levi-Strauss que “o mundo começou sem o homem e poderá acabar sem ele”. Nessa perspectiva, a sociedade atual demonstra um paradoxo, visto que, apesar da tecnologia corroborar a capacidade intelectual e sustentável do ser humano, o homem ainda prejudica a natureza com ações inconsequentes e de beneficio individual. É indubitável a importância da agricultura e da pecuária no mundo, tanto para produção de alimentos quanto para a produção de energia. Porém, a irresponsabilidade e a ganância ressaltam sobre a questão ambiental, que é histórico no Brasil: mais de 90% do bioma Mata Atlântica foi desmatado para lavouras de cana de açúcar e café, seguida da desenfreada urbanização. Nessa situação também se encontra a Floresta Amazônica, na qual o arco do desmatamento aumenta a cada dia, pondo em extinção a fauna e flora exótica, contribuindo para o aquecimento global, o efeito estufa, a retirada de nutrientes do solo e a poluição hídrica. Lamentavelmente, o progresso da saúde do meio ambiente é paulatino. Sendo assim, o Brasil conta com o Código Florestal, que tem como objetivo criar leis e fiscalizar atos ilícitos à natureza, tais como o desmatamento ilegal e ocupação de áreas de risco. Com isso, é possível minimizar os efeitos já causados pelo ser humano e reduzir o avanço da irresponsabilidade e descaso com o planeta. Minimizar a liberação de dióxido de carbono antes retido nas árvores (sequestro de carbono) e o metano liberado ela pecuária, assim como promover o controle ecológico de pragas e a rotação de culturas são benéficos para o bem estar do ser humano e do planeta. O meio ambiente e a agricultura são complementares. Portanto, é preciso criar, implementar e fiscalizar mecanismos de incentivo a proteção, restauração e produção de bases sustentáveis com ajuda do governo em parceria com iniciativa privada, havendo punição aos infratores e, por meio da redução de impostos, a organização de novos planos de produção sustentável às empresas ou, como José Saramago registrou: “se poder olhar, vê; se podes ver, repara”.