Na teoria, sociedades só progridem quando cada indivíduo se mobiliza com os princípios de alteridade. No entanto, ao se observar os reflexos ambientais causados pelo agronegócio, nota-se a ausência de tal princípio. Em virtude disso, a superexploração de terras é cada vez maior, assim como práticas ilegais e/ou danosas ao meio ambiente. Nesse contexto, maiores fiscalizações e uma conscientização ambiental podem preservar o que resta do cenário natural brasileiro. Na atual conjuntura exploratória, 18433 hectares encontram-se desmatados apenas na Mata Atlântica, segundo dados do INPE. Nesse cenário, tais danos são explicados pela necessidade de terras destinadas a lavouras e gado. Desta forma, o crescente mercado agroexportador brasileiro visa seu lucro máximo em detrimento das consequências irreversíveis à natureza global, além de contribuir para a concentração fundiária sob domínio da população mais rica. Evidencia-se assim, uma relação direta entre o desenvolvimento agrícola e o desmatamento, o qual prejudica o bem-estar de todos os seres vivos. Servindo como aliado na degradação do solo, há constante uso de pesticidas e agrotóxicos, os quais visam o controle de pragas e uma maior produtividade ambiental, também danificando muitas vezes os alimentos. Dessa maneira, o solo torna-se gradativamente inapropriado para o cultivo, e seus produtos para consumo, dado os malefícios à saúde. Nesse prisma, um uso consciente do ambiente florestal e seus frutos podem gerar lucros ao mercado produtor sem necessariamente ser hostil e degradante. Tais práticas sustentáveis já se demonstram positivas em produções orgânicas e países como Finlândia e Suécia. Torna-se evidente, portanto, a necessidade de maiores fiscalizações governamentais diante o desmatamento florestal. Além disso, a criação de leis que penalizem indivíduos que superexplorarem e danificarem o meio ambiente podem levar ao uso consciente dos bens naturais e finitos. Ademais, ONGs e escolas possuem papel fundamental na luta pela preservação do meio ambiente, pois, por meio de palestras informativas e incentivadoras podem levar a população ate um pensamento crítico e realista sobre suas ações e consequências futuras.