O agronegócio vem constituindo a base da produção agrícola do território brasileiro nos últimos anos, alavancado com início da Segunda Revolução Industrial e, principalmente por meio da Terceira Revolução Industrial. O surgimento de técnicas mais sofisticadas, maquinários mais complexos, introdução de mão de obra especializada e introdução da biotecnologia vem gerando benefícios econômicos em detrimento de problemas ambientais sérios. A evolução do domínio da agricultura se deve, principalmente, às necessidades de exportação do país e manutenção do PIB (Produto Interno Bruto), favorecidas pelo aspecto geográfico do Brasil no que tange à grande extensão de terras cultiváveis e planas. O problema desse cultivo em larga escala é devastação dos biomas brasileiros para o plantio de alimentos variados, causando danos também aos animais que outrora ali habitavam e se reproduziam. Outra questão importante a ser abordada é a introdução de métodos biotecnológicos que fazem parte da cadeia de produção comercial. A maior parte dos alimentos produzidos provém da seleção de sementes, podendo as mesmas serem ou não geneticamente modificadas. Acerca dessa abordagem surgem discussões e estudos que buscam comprovar os malefícios que causam alimentos provenientes de tal forma de cultivo à saúde humana da população brasileira e mundial. No que tange ao manuseio de fertilizantes industriais, agrotóxicos e pesticidas percebe-se um uso indiscriminado e descontrolado das pessoas envolvidas na cadeia produtiva do agronegócio, influenciando até mesmo a agricultura familiar a adotar essas medidas devido à alta concorrência no mercado de trabalho e seus possíveis benefícios. As maiores consequências da situação exposta são a contaminação dos solos, lençóis freáticos, desenvolvimento de doenças nos seres humanos pelo excesso de agrotóxico nos alimentos ingeridos, resistência das pragas e insetos combatidos e improdutividade do solo. Compreendidas as complexidades do agronegócio e suas principais consequências para o meio ambiente e ser humano vê-se a urgência do uso de métodos menos prejudiciais. O incentivo à agricultura orgânica, valorização da agricultura familiar e intensificação da fiscalização ambiental poderá auxiliar. Além disto, é possível promover conscientizações e dar preferência à exportação de produtos com valor agregado, diminuindo os riscos de crise econômica.