Em meados do século XVI, no período de colonização do Brasil, observou-se o início de um processo de desmatamento que se tornara ininterrupto. A constante utilização dos recursos naturais tencionando o crescimento do agrobusiness avança sem freios, causando graves alterações no meio ambiente. O Cerrado e a Mata Atlântica, "hotspots" brasileiros, já constam na lista mundial de biomas que correm risco de extinção. Além disso, dependendo do grau de alteração que se promover na Amazônia, pode-se influenciar negativamente a precipitação de chuvas em outros locais e a produção agrícola. O Brasil é intitulado de "combustível do mundo", visto a abundância em terras, sol e água e mão-de-obra barata através da exploração do trabalhador. Consequentemente, as reservas naturais são predatoriamente exploradas, visto que as técnicas de cultivo são inadequadas, o uso de agrotóxicos é desmedido e a abertura de espaço para áreas de pastagem e cultivo gera perda da biodiversidade. Por um lado, a expansão do PIB, volume de exportação e geração de empregos são virtudes do agronegócio que fomentam a economia. Todavia, deve-se enfatizar que o agronegócio abrange vários setores, desde o agrícola até o de distribuição, e que nem todos os ramos desse complexo sistema são geradores de muitos empregos. Sob outra perspectiva, faltam educação ambiental, fiscalização e principalmente, vontade política, pois o Estado se ausenta na maior parte das regiões afetadas, uma vez que é mais barato e lucrativo abrir novas áreas do que recuperar as já degradadas. Mediante o exposto, é imprescindível, em se tratando de emprego e renda, um plano decente de reforma agrária que envolva relações justas de trabalho. As leis, por sua vez, devem ser respeitadas. Entretanto, como estas são sistematicamente ignoradas, as punições jamais devem ser brandas e a fiscalização carece de rigorosidade. Ademais, a agricultura sustentável através do controle biológico de pragas deve ser incentivada, de maneira que preserve o meio ambiente e recupere regiões afetadas. Por fim, conscientização ambiental deve ser intensificada nos meios de comunicação, alertando a população das consequências da escassez dos recursos naturais, afim de contribuir para um desenvolvimento sustentável.