Desde o Período Colonial, com o cultivo de cana-de-açúcar, a superexploração faz parte da realidade do agronegócio brasileiro, tendo causado uma redução drástica da área ocupada pela Mata Atlântica, e a extinção de dezenas de espécies ao longo dos anos. Herança dos tempos de colônia, o uso irracional dos recursos naturais por parte do agronegócio brasileiro continua sendo um problema grave, ameaçando a biodiversidade nacional. Em regiões como a Amazônia, por exemplo, a retirada da cobertura vegetal natural provoca desertificação. Isso ocorre pois o solo Amazônico, inicialmente infértil, é constantemente "adubado" pela matéria orgânica desprendida pela própria Floresta, num processo conhecido como "retroalimentação". Com isso, vários organismos dependentes da região, agora desmatada, correm sérios riscos de desaparecerem. Ocorre ainda a potencialização do processo de erosão pluvial, potencializando o assoreamento de rios e lagos próximos à região. Além disso, a expansão dos rebanhos de animais ruminantes contribui para o aquecimento da atmosfera, já que liberam em seus flatos altas quantidades de metano, gás do efeito estufa muito mais nocivo que o dióxido de carbono. Por isso, é necessário que o Governo intensifique a fiscalização do agronegócio, punindo os produtores rurais que transgredirem as atuais normas de proteção ambiental. Além disso, mais áreas de preservação devem ser criadas, visando ou a intocabilidade dessas regiões, ou tornando obrigatório o manejo sustentável dos recursos. Associada a essas medidas, deve ser aprovada a obrigatoriedade do reflorestamento de árvores equivalente ao número de árvores derrubadas na região desmatada.