Título da redação:

A cultura mercantilista e o agronegócio nacional

Tema de redação: O avanço do agronegócio e os reflexos no meio ambiente

Redação enviada em 26/10/2016

A questão dos impactos ambientais oriundos do expansionismo do agronegócio nacional não é um fenômeno recente, surgiu após o período pré colonial brasileiro quando, satisfeita com massivos lucros obtidos com a extração e comércio de pau brasil, a coroa portuguesa iniciou um modelo agrícola baseado em plantation, sistema de exploração colonial formado por grandes latifúndios monocultores, é fato que a instalação de uma colônia de exploração em detrimento a de povoamento no Brasil entre os séculos XVI e XIX, fomentou uma cultura típica do mercantilismo europeu. Como sanar esta questão? A superexploração do meio ambiente pela agropecuária visando um aumento e maior participação no produto interno bruto nacional, além da pressão por propriedades cada vez mais produtivas, eleva os índices de práticas imorais, como o uso indiscriminado de insumos químicos, desmatamentos, perda da biodiversidade e o esgotamento de nutrientes do ambiente. Estas práticas são culturais à medida que historicamente comprovadas perduram até os dias atuais. Embora esta cultura esteja atrelada às várias esferas sociais, ela é mutável e encontra-se em constante construção. Segundo Nelson Mandela, “A educação é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo.”, de forma que ao alterar condutas institucionais, pode-se alterar essa construção cultural, fazendo com que se modifique em função da educação para a sociedade. A partir do momento que a superlativação do agronegócio começa a exercer pressão ambiental, mudanças são necessárias. A curto prazo, a adoção de incentivos fiscais e políticas financeiras flexíveis pelo Estado para empresas ecologicamente responsáveis, fomenta a construção de modelos produção sustentáveis. Além disso, a criação de convênios entre o ministério da educação, escolas e empresas agrícolas é fundamental para que inovações tecnológicas como biorremediação, química verde e engenharia genética possam ser empregadas no manejo agrícola, existe uma massa de conhecimento dentro das universidades que podem contribuir com medidas para mudar este quadro a longo prazo. Conclui-se que, os reflexos ambientais do avanço do agronegócio nacional ocorrem em função de uma expressão cultural colonial, e somente através de inovação e educação é possível atingir soluções eficientes em longo prazo.