O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é caracterizado pela ansiedade excessiva e preocupação exagerada com os eventos da vida cotidiana sem motivos evidentes. No contexto contemporâneo brasileiro, esse transtorno tornou-se muito comum entre os indivíduos. Sendo assim, o grande volume de informações ao qual às pessoas estão expostas diariamente é um fator contribuinte para o aumento dos casos de ansiedade. Além disso, a falta de atendimento médico adequado para as pessoas que sofrem do TAG dificulta a qualidade de vida dos pacientes. Primeiramente deve-se se observar que o contexto atual do Brasil é o de um país que sofre influência da globalização. Dessa forma, a população recebe diariamente uma quantidade excessiva de informações por meio dos mecanismos midiáticos e das redes sociais. De acordo com Augusto Cury: “Pensar é bom, pensar com consciência crítica é melhor ainda, mas pensar excessivamente é uma bomba contra a qualidade de vida e um intelecto criativo e produtivo”. Nesse sentido, o pensamento acelerado característico do transtorno de ansiedade afeta o bem estar mental das vítimas. Outro fator em questão é a falta de unidades de saúde públicas capacitadas para receber e orientar pessoas com sintomas do TAG. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, das 27 unidades federativas do país, oito (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Distrito Federal, Goiás e Espírito Santo) possuem cobertura regular, baixa, insuficiente ou crítica em relação ao atendimento dos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial). Nesse sentido, as pessoas que dependem do tratamento por meio da rede pública ficam, na maior parte das vezes, desamparadas. Torna-se necessário, portanto, que medidas sejam tomadas para resolver o impasse. Para isso, políticas públicas de conscientização ao uso excessivo da internet devem ser realizadas pelo Governo do Estado de forma a fazer com que os indivíduos diminuam o acesso à informação e, assim, reduzam os sintomas da ansiedade. Ademais, o Ministério da Saúde deve encaminhar recursos para a implantação de CAPS em cidades sem acesso a esse atendimento, além de melhorar a qualidade do serviço prestado pelas unidades de saúde de todo o país em parcerias com ONGS e profissionais da área, a fim de agilizar o diagnóstico e a recuperação desses pacientes.