As reações do ser humano, desencadeadas pelo estímulo do meio, são consideradas naturais. Ocasionalmente, quando essas reações tornam-se persistentes, sem motivo visível, trata-se de um transtorno, a ansiedade. Entretanto, o ritmo frenético das cidades, em decorrência da pressão constante desencadeada pelo modelo capitalista, em diversos âmbitos, contribue para o crescimento dos casos dessa considerada a doença do século. Visto isso, o estresse no cotidiano atrelado ao uso excessivo da tecnologia, agravam tal problemática na realidade brasileira. A grande demanda de cobranças do dia a dia, afetam diretamente na saúde das pessoas. Isso acontece porque, na sociedade hipercapitalista que vivemos, as prioridades são a busca pelo sucesso, a eficácia e a eficiência, tornando o bem estar coadjuvante. Segundo o Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente (Ipom), quatro entre dez brasileiros sofrem de ansiedade. O aumento é ainda mais visível nas mulheres que, pelas diversas jornadas de trabalho que enfrentam, são as mais atingidas. Situações simples do cotidiano, como ficar na fila de algum estabelecimento, até imaginar o futuro podem se tornar difíceis para quem é acometido por esse transtorno. Além disso, o uso exacerbado da tecnologia permite um agravamento desse male. Posto que, o fluxo informacional, hodiernamente, é muito intenso, havendo um excesso de informação a circular pelo mundo, ocasionando pouco tempo, para as pessoas, cuidados com o seu próprio bem estar. Em razão disso, a população aparte-se, por mínimo que seja, os sintomas desse transtorno. Isso acaba dificultando a busca por um tratamento adequado, afetando fisicamente e mentalmente as pessoas vítimas desse transtorno, podendo vim ao agravamento e desencadear, algo mais grave, a depressão. Torna-se evidente, portanto, que as cobranças no cotidiano e exacerbado uso da tecnologia são expoentes para o agravamento da ansiedade. Em razão disso, o Ministério da Saúde e postos de cuidados aos pacientes em relação mútua, devem investir em tratamentos e disponibilizar profissionais, como psicólogos, para um melhor acompanhamento dos pacientes e encaminhamento para o melhor tratamento. Ademais, as mídias juntamente com as redes de ensino, deve realizar, por meios de propagandas e panfletagens, a conscientização da população sobre os sintomas e tratamentos para a ansiedade. Só assim será possível a diminuição dos casos desse mal do século.