O personagem Charlie, do filme Adaptação, tem transtorno de ansiedade generalizado. No longa, ele apresenta um comportamento obsessivo, paranóico, depressivo, ou seja, completamente inapto à vida social. Analogamente ao personagem fictício Charlie, milhares de brasileiros sofrem com esse problema de saúde mental, que tem causas sistêmicas e graves consequências para a sociedade em si. Mormente, cabe ressaltar as causas desse imbróglio. Antes de tudo, cabe lembrar que todos os indivíduos tem graus de ansiedade, todavia, quando essa apreensão começa a se tornar incontrolável e incessante, nota-se a implantação do problema. Diante disso, de acordo com o Neurologista Leandro Teles, a situação econômica do país, os níveis de pobreza, desigualdade, desemprego e recessão, são as principais causas do problema. Além disso, existem fatores ambientais, como o estilo de vida em grandes cidades, ele é demasiadamente individualista, exigente e concorrido, fazendo com que as pessoas desenvolvam alta sensibilidade emocional e fiquem propensas a esse tipo de problema. prova disso é a pesquisa da OMS, que afirma que houve um aumento de 15% nos casos de ansiedade em comparação a 2005. Em segundo lugar, nota-se que os indivíduos possuidores de problemas de ansiedade acabam sofrendo perda de qualidade de vida e até podem desenvolver problemas mais sérios. Percebe-se, por exemplo, que a insônia, obesidade, isolamento social, incapacidade ao trabalho, falência matrimonial, são implicações que podem ser causadas por ela. Ora, enquanto submetido a esses problemas, o indivíduo fica frágil e coma saúde física e mental comprometida, logo, fica mais vulnerável a graves doenças como depressão e síndrome do pânico, como afirma a OMS. Desse modo, fica claro que o aumento de casos de ansiedade é um fato que deve ser levado a sério pela sociedade. Diante disso, é papel da mídia televisiva, por meio de novelas, mostrar didaticamente casos de síndromes de ansiedade, para que a população consiga identificar e tratar familiares com a máxima rapidez possível. Igualmente, é obrigação do Ministério da Saúde criar programas assistencialistas que levem psicólogos e psiquiatras de graça para periferias e localidades carentes. Só assim existirão cada vez menos Charlies na sociedade brasileira.