Cobranças, imposições, preocupações, ansiedade, depressão. A sociedade brasileira tem sofrido constantemente o aumento e a ação do transtorno de ansiedade causada, em muitos casos, pelo estressante mundo agilizado e imediato em que se vive. Destarte, conquanto o sentimento de ansiedade seja necessário, a possível evolução para doença deve ser combatida por meio de maior fornecimento de médicos psicólogos nos hospitais de rede pública e particular e programas de incentivo ao bem estar e à vida saudável. Em uma primeira análise, a ausência de profissionais que contribuam com a amenização dos casos de ansiedade nos hospitais relaciona-se diretamente com o aumento da incidência desse distúrbio mental. Essa relação pode ser explicada pelo fato de, no Brasil, o investimento em saúde ser escasso e precário, devido a secundarização do governo no que se refere à agenda pública. Nesse sentido, Francisco Quevedo afirma a necessidade de ter saúde no corpo a partir de sua existência na alma. Desse modo, a presença do psicólogo mostra-se fundamental. Ademais, em uma segunda análise, o cotidiano da população brasileira pode ser visto como um dos fatores que causam o aumento da ansiedade no país. Esse fato possui origem na violência, falta de estruturas nos transportes e hospitais, o que desencadeia uma forte tendência ao estresse, um dos motivadores desse distúrbio mental. Nessa perspectiva, o direito de vida qualitativa da sociedade brasileira precisa ser revisto e passar por manutenções. Dessa forma, fica clara a necessidade imediata de intervenção política no espaço público de forma positiva. A ausência de profissionais de saúde especializados na área mental e o estresse causado pela falta de qualidade nas estruturas de direito público são, portanto, fatores que consubstanciam o aumento da ansiedade no Brasil. Com o objetivo de controlar esse problema social, o Poder Executivo Federal, sob forma de Ministério da Saúde, deve investir de modo intenso na formação superior de psicólogos e psiquiatras, a partir de subsídios fornecidos pelo Estado. Outrossim, o Ministério da Justiça deve garantir os direitos dos cidadãos fora de suas casas, fornecendo toda qualidade possível na vida cotidiana dos brasileiros, a fim de viabilizar maior satisfação, a partir da não secundarização de pautas importantes como saúde, educação, lazer. Dessa maneira, serão amenizados os quadros de ansiedade e possível desenvolvimento de depressão.