Historicamente, o transtorno de ansiedade nunca se fez tão presente na sociedade brasileira. Nos dias atuais, apesar dos grandes avanços na medicina e na tecnologia, a problemática continua presente devido à grande exposição ao estresse do dia a dia e ao uso exacerbado da tecnologia. Segundo Francisca Carolini, "a pressa é inimiga da perfeição, o estresse, da razão", o que está fortemente ligado à exposição rotineira ao estresse, proveniente da busca à perfeição em todos os campos humanos – trabalho, família e outros círculos sociais. Essa correlação encontra fundamento no fato de que, de acordo com a quarta edição do Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM-IV), a preocupação excessiva é o que caracteriza o transtorno da ansiedade. Isso acontece porquê o estresse que passamos todo dia nos traz essa preocupação, o que faz a sociedade sujeita a doenças e transtornos psiquiátricos, como a ansiedade. Ademais, o uso exacerbado da tecnologia é um importante tópico fomentador. Essa conjuntura valida-se no fato de que esse uso excessivo pode trazer insônia, que desencadeia a ansiedade. Nessa perspectiva, a Folha de S. Paulo publicou um artigo em que é mostrada a relação entre o uso de tecnologia e o transtorno de ansiedade, o qual mostra que 70% dos 4% dos brasileiros que sofrem de ansiedade são viciados em tecnologia – computador, televisão e celular. Infere-se, portanto, que para desconstruir esse panorama, é imperativo que o Ministério da Saúde faça palestras e promova campanhas, juntamente com a mídia, grande influenciadora da população, de forma a desmascarar o tabu dos tratamentos psiquiátricos, os quais muitos pensam ser direcionado apenas para loucos. Concomitantemente, é preciso que seja divulgada, pela mídia, que o vício em tecnologia prejudica fortemente a saúde mental do cidadão, para que assim os afetados por esse mal possam buscar ajuda e desfazer esse vício. Com essas medidas será mais fácil combater o mal do século.