Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem as maiores taxas de casos de ansiedade. Nesse contexto, essa problemática é um dos maiores desafios da sociedade moderna. Isso porque, tal distúrbio está diretamente ligado a fatores socioeconômicos do país, além de ser rodeado de preconceitos. De fato, é inegável viver sem ansiedade. Mas também contraditório o Brasil, conhecido pela sua cordialidade e alegria, ter as maiores taxas de ansiosos. Esse cenário é fruto do desemprego, da desigualdade social, da violência e da crise financeira que assolam a sociedade. Prova disso, são os dados divulgados pela OMS, nos quais percebe-se que as maiores vítimas são moradores das grandes cidades, isto é, locais de alta vulnerabilidade social, como por exemplo, São Paulo. Desse modo, o país do futebol e do carnaval, agora, também é o país dos ansiosos. Porém, infelizmente, muitas pessoas demoram para procurar ajuda médica. Basta ver o levantamento do Centro de Referência de Saúde dos Homens, nos quais concebe-se que a maioria dos homens só procuram o médico por influência das esposas ou dos filhos, e mais da metade tomam essa atitude quando o distúrbio está em estágio avançado. Tal fato é resultante dos estereótipos de que ansiedade é sinal de fraqueza. Ainda é possível citar o preconceito sobre psicológos e psiquiatras, uma vez que, para a maioria só quem precisa deles são os loucos. Dado o exposto, são necessárias medidas com o fito de combater essas problemáticas. Para tanto, o Ministério da Saúde, juntamente com a mídia, pode realizar campanhas em televisores, redes sociais e folhetos, esclarecendo sobre o transtorno e ressaltando a importância de buscar ajuda médica. Ademais, o mesmo órgão deve promover festivais com consultas gratuitas e palestras, ministradas por psicológos e psiquiatras. Dessa forma, esse impasse não será mais um dos maiores desafios da sociedade brasileira.