A ansiedade é um sentimento hominídeo natural, entretanto, quando os sintomas ansiosos tornam-se constantes e interferem na vida do indivíduo passa a configurar um imbróglio na esfera da saúde. O Brasil é líder em casos de transtornos de ansiedade e a problemática atinge cerca de 23,9% da população segundo a Organização Mundial da Saúde. Em primeira análise, os óbices socioeconômicos hodiernos do país mostram-se fatores influenciadores para o número ascendente de pessoas que possuem o transtorno. A recessão econômica, a alta taxa de desemprego e os elevados níveis de pobreza são coadjuvantes na perpetuação do impasse, visto que a preocupação excessiva é intrínseca a ansiedade. Isto pode ser confirmado por Mahatma Gandhi, ativista indiano, segundo ele tanto as atitudes quanto os pensamentos resultam na saúde, ou seja, a mente tem papel relevante sobre a vida saudável. Além disso, o indivíduo torna-se prisioneiro de suas próprias apreensões tangentes ao futuro. John Stuart Mill, economista britânico, afirmava que o ser impera sobre o seu corpo e mente, não obstante pessoas ansiosas desapossam deste controle. Em conseqüência disso, outros transtornos podem se desenvolver como o pânico, TOC e a depressão, esta representa 5,8% do contingente demográfico. De outra parte, a ansiedade é a terceira causa dos afastamentos profissionais, o que gera gastos de cerca de 200 milhões anuais em benefícios do INSS. Considerando os fatos supracitados, é possível observar que o transtorno de ansiedade caracteriza um problema de saúde pública. Logo, é imprescindíveis o auxílio do Governo Federal por intermédio de investimentos na formação de profissionais especializados e inserir um maior número destes na rede pública para que todos tenham acesso. Ademais, sob a lógica de Immanuel Kant que a educação faz o homem, o Ministério da Educação por meio de cartilhas explicativas, elucide os tipos de transtornos, as causas, o tratamento e a importância da ajuda médica. Desse modo, caminhos serão trilhados para o fim da vicissitude.