Conforme relatou o médico Sigmund Freud na obra “O mal-estar na civilização”, a penetrante investigação sobre as origens da infelicidade, sobre o conflito entre indivíduo e sociedade e suas diferentes configurações na vida civilizada, está interligada ao mundo efêmero. Diante disso, deve-se analisar o expressivo número de mulheres com ansiedade e a herança histórico-cultural. Logo, torna-se necessário intervenções que coíbam o problema. Em primeira instância, as mulheres no mundo contemporâneo são extremamente sobrecarregadas com os afazeres do cotidiano. Consoante a Organização Mundial da Saúde, transtornos de ansiedade são mais comuns entre as mulheres, com taxa de 4,6% seguido dos homens com 2,6%. Isso porque, a população feminina possui uma jornada cansativa, resultante das diversas atividades desempenhadas fora e dentro de casa, como cuidar dos filhos, da casa e ainda trabalhar em empresas, o que toma em média 8 horas do dia. Em decorrência dessa sobrecarga, a mulher torna-se invulnerável a ansiedade, podendo ter consequências piores como depressão. Além disso, nota-se, ainda, que, a herança histórico-cultural é a maior responsável pela manutenção de doenças mentais. Isso decorre porque, na pós-modernidade, as pessoas, conforme defende o sociólogo Zygmunt Bauman na obra “Amor Líquido”, buscam não se envolver nas relações interpessoais que desenvolvem ao longo da vida, ou seja, a ausência de sentimentos e falta de relações filantrópicas afeta, absurdamente, a mente dos indivíduos e contribuindo para que a cultura efêmera se propague. Consequentemente, o ser humano diante de situações de medo, dúvida ou expectativa, acabam se excluindo da sociedade. Em virtude disso, é de suma importância intervenções que façam parte da realidade social do país. Torna-se evidente, portanto, que, no Brasil, o aumento dos casos de ansiedade precisam ser solucionados. Cabe ao Governo Federal, formular feiras de saúde com foco na sociedade, em suma, nas mulheres com direito a atendimento médico gratuito, com psicólogos, neurocirurgiões e assistentes sociais a fim de diminuir a taxa de ansiedade nas comunidades. Ademais, é mister que o Ministério da Saúde, concomitante, com a OMS, formule propagandas concientizadoras, com a finalidade da população dar importância as relações pessoais e se preocupar com o próximo, e devem ser transmitidas em horário nobre, perante âmbito nacional. Diante disso, as teorias de Sigmunt Freud e Zygmunt Bauman seram solucionadas e darão lugar a felicidade e prosperidade na contemporaneidade.