De acordo com o filósofo Jacques Bossuet a saúde depende mais das precauções do que dos médicos. Assim sendo, é preciso, no mundo hodierno, reduzir transtornos que comprometam, principalmente, a saúde mental, já que se tornou notório, na esfera brasileira, o aumento de casos de ansiedade na população em geral. Diante disso, a momentaneidade da vida contemporânea e a cobrança por um futuro profissional brilhante exercida na juventude alavancam os índices de ansiedade. A brevidade exigida pelo modelo atual de vida do ser humano é responsável pela multiplicação dos casos de ansiedade. Isso decorre da urgência pelo imediato, sobretudo nos locais de trabalho. Não é à toa que, na busca por uma maior eficiência, pessoas tendem a passar mais tempo dedicado a tarefas trabalhistas, esquecendo dos cuidados com a saúde mental e os possíveis desenvolvimentos de enfermidades psicológicas. Por consequência desse excesso, tem-se o surgimento de dados alarmantes, em que, segundo o Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente (Ipom), 4 em cada dez brasileiros possuem ansiedade. Em soma, nota-se que cobrar um futuro profissional promissor de jovens permite o alastramento do transtorno de ansiedade generalizada (TAG). Isso porque a pressão feita pela família para garantir uma vaga em uma universidade propicia a eclosão de estudantes consumidores de medicamentos ansiolíticos, visto que muitos estão despreparados psicologicamente para enfrentar horas de estudo, concorrência, provas e resultados. Lamentavelmente, observa-se que a TAG está ganhando dimensões gigantescas, uma vez que o medo, inquietação, irritabilidade, taquicardia, falta de ar e aumento da pressão são visíveis nos vestibulandos brasileiros. Dessa forma, é indispensável a adoção de medidas capazes de reduzir a ansiedade e a sua obtenção. Posto isso, cabe a população abdicar do excesso de trabalho, bem como dedicar as horas vagas a idas ao médico, atividades saudáveis e lazer. Ademais, é essencial que jovens busquem o equilíbrio, dividindo o tempo entre estudos, vida social e cuidados com a saúde física e mental, a fim de sanar o uso de medicamentos ansiolíticos. Por fim, é crucial que as famílias evitem pressionar seus jovens, crendo na capacidade de cada indivíduo em obter o próprio futuro almejado.