As mudanças sociais, politicas e econômicas são constantes e inerentes à evolução do mundo contemporâneo. Lidar com todos os preceitos socioculturais, exige uma ótima saúde mental dos indivíduos que participam dessa sociedade. No Brasil, os casos de ansiedade aumentam- se exponencialmente anualmente, advindo diretamente das cobranças e padrões impostos pelo contexto social e maximizado através das redes sociais. Ter um corpo esteticamente bonito, ser bem sucedido antes do 30 anos e ter viajado o mundo com apenas 20 anos são estereótipos reforçados diariamente nas redes sociais e na grande mídia. Ocasionando uma cobrança excessiva, de que “deve-se ser dessa maneira”. O maior problema surge quando observa-se o ponto de vista sociológico, de as pessoas na sociedade estão inseridas em contextos sociais completamente distintos e que esse padrão proposto, para muitas pessoas torna-se um ideal completamente utópico. A partir desse contexto, desenham-se claramente os distúrbios psicológicos, em especial a ansiedade. Na Biologia, a ansiedade é um hormônio chamado cortisol que em níveis consideráveis é positivo, ou seja, tal hormônio impulsiona as ações e ativa o modo de alerta. Contudo, ultrapassando as taxas de normalidade, incapacita o individuo de ter uma vida saudável, pois, sente-se constantemente pressionado e em muitos casos, um medo inexplicável de todas as coisas planejadas darem errado ou até mesmo a sensação de sufocamento e um pensamento constante de inadequação social. Um ponto muito interessante, é que os casos de ansiedade não se configuram tão somente no século atual. Em analogia ao mundo literário, percebe-se que as expressões artísticas no final do século xviii, onde nasceu o Barroco, refletiu um homem imerso em grandes dúvidas, inseguranças e um tanto de normas sociais a serem seguidas, onde certamente, desenvolveu-se numerosos casos de TAG ( Transtorno de Ansiedade Generalizado). Embora sejam contextos diferentes, o individuo no quadro atual brasileiro sofre grande bombardeio de informações e cobranças em todos os setores de sua vida, cabendo ao mesmo analisar e escolher dentre a milhares de informações s que são transmitidas ,através da tecnologia. Quatro em cada dez brasileiros apresentam patologias relacionadas a ansiedade, podendo duplicar esse valor ao decorrer do tempo. Portanto, é nítido que medidas devem ser aplicadas para resolver o impasse. O Conselho Federal de Medicina em conjunto com a Secretária Especial de Comunicação devem elaborar palestras e um projeto publicitário com o enfoque no publico alvo de 16 à 45 anos. Essas palestras devem ser ministradas em auditórios de universidades públicas e executadas por profissionais, como; Psiquiatras, Psicólogos e Assistentes Sociais. As palestras devem ter caráter interativo, motivador e esclarecedor de dúvidas referente a essa doença. Não só isso, mas também, o órgão fiscalizador de publicidade do Governo, deve multar e proibir propagandas que de alguma forma seja abusiva, ou que induza seus clientes a desenvolver ansiedade devido a publicidade do produto. Em suma, com as medidas citadas, espera-se que haja uma redução nos casos de ansiedade nos país e que os brasileiros tenha uma saúde mental mais saudável.