A ansiedade e o medo, assim como outros sentimentos, auxiliaram o homem na conquista do ambiente terrestre, já que são sinais de alerta às situações vivenciadas. No entanto, esse mecanismo natural tornou-se hoje o grande vilão da saúde mental da população, nas quais a ansiedade impede a realização de tarefas comuns do dia-a-dia. Augusto Cury, no seu livro “Ansiedade – Como enfrentar o mal do século”, afirma que as pessoas tornaram-se ansiosas em consequência do ritmo de vida atual e devido à enorme quantidade de informações e tarefas. Como resposta ao padrão acelerado da vida moderna, o cérebro superestimulado começa a se sabotar, criando situações desnecessárias e mesmo irreais. Nessa situação, os sintomas como síndrome do pânico, dificuldade de concentração, medo constante, alterações de sono e vício em trabalho e informação atingem cerca de 9% dos brasileiros e colocam o país com a maior taxa de transtorno de ansiedade do mundo. É evidente que, no Brasil a saúde mental não é evidenciada como um fator importante na qualidade de vida. Assim, o auxílio profissional não é procurado como deveria devido à falta de informação e despreparo mental. Além disso, muitos sintomas são vistos como qualidades, por exemplo, o excesso de preocupação pode ser visto como responsabilidade. Portanto, deve-se desenvolver maneiras de combater o despreparo mental e a ansiedade. O Ministério da Saúde, juntamente com o Ministério da Educação, deve investir na informação da população acerca da saúde mental, da sua importância e das suas vulnerabilidades, por meio de palestras e cursos ministrados aos pais e alunos em escolas e universidades. Desta forma, as pessoas poderão aprender como gerenciar a saúde mental e se defender dos sintomas do transtorno, assim como entenderão qual é a importância e o momento ideal para buscar ajuda profissional, ação que facilita o diagnóstico e favorece o tratamento.