Título da redação:

Ansiedade no Brasil

Tema de redação: O aumento dos casos de ansiedade no Brasil

Redação enviada em 27/07/2018

A terceira revolução industrial, iniciada logo após a segunda guerra mundial e caracterizada pela introdução dos conhecimentos científicos e a aplicação da chamada “tecnologia de ponta” nos processos produtivos, tem sido uma forte aliada da lógica capitalista, uma vez que aumentou a capacidade produtiva e o valor agregado de diversos produtos. Essa “nova era” possibilitou o aprimoramento das telecomunicações e de outros setores, porém, com o aumento da competitividade e da necessidade da especialização profissional do indivíduo, também corroborou para a emergência de uma sociedade cada vez mais ansiosa. No Brasil, a ansiedade excessiva – “sub produto” dessa sociedade competitiva que superestima o “ter” em detrimento do “ser” – tem aumentado sobremaneira entre a população, sendo inclusive, considerada o “mal do século”. O psicólogo e escritor Augusto Cury, em seu livro “Ansiedade como enfrentar o mal do século”, revela que a ansiedade também é reflexo da Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA), fenômeno marcado pela necessidade imediatista de resolução de tarefas, que abrange principalmente os as camadas mais jovens. Destarte, é profundamente desolador quando uma simples “preocupação” adquire características patológicas evidenciadas por alguns sintomas como: medo, inquietação, irritabilidade e até mesmo depressão. Lamentavelmente, 33% da população brasileira apresenta esse quadro, em consonância com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Trata-se de um número alarmante, considerando os prejuízos psicológicos, sociais e econômicos – pois, muitas dessas pessoas terão dificuldades para se manterem ativas profissionalmente. É imprescindível, portanto, diminuir ao máximo os números da estatística mencionada. Para isto, o Ministério do Trabalho deve implementar uma lei, através da qual seja obrigatório a contratação, por parte das empresas públicas e privadas, de psicólogos especializados – em quantidade compatível ao quadro de trabalhadores. O acompanhamento seria feito por meio de encontros semanais. Da mesma forma, o Ministério da Educação poderia fazer nas escolas. Fazendo isso, “a mais complexa das máquinas”, a mente humana, estaria recebendo a “manutenção” mais apropriada face às mudanças da pós modernidade.