O mundo após a segunda metade do século XX, com a terceira Revolução Industrial, ingressou em uma etapa de profundas revoluções tecnológicas, o que exigiu cada vez mais agilidade e produtividade dos trabalhadores, sendo cada vez mais tratados como máquinas. Isso explica o fato de a ansiedade ser considerada a doença do século XXI, tendo cerca de 264 milhões de pessoas afetadas no mundo, e no Brasil, país com maior taxa de transtornos de ansiedade do mundo, chega a afetar 33% da população, segundo dados da OMS. Entretanto, mesmo com números alarmantes, a banalização desses transtornos em consonância com fatores culturais e sociais fazem com que o número de pessoas com esse diagnóstico seja crescente. No que se refere à banalização da ansiedade, pode-se notar que, graças a piadas, brincadeiras e "auto diagnósticos" falsos que ocorrem atualmente, se espalham vários estereótipos e desinformação no que se diz respeito aios transtornos de ansiedade. Isso se confirma pelo fato de não ser difícil encontrar na internet twets e posts de pessoas usando o nome dessas doenças para justificar atos ou manias de seu cotidiano, fazendo piadas com a situação, o que agrava o problema, visto que inúmeras pessoas deixam de procurar tratamento pelo medo de serem ridicularizadas. Dessa forma, faz-se necessário espalhar a informação dando a devida atenção à seriedade deste problema. Somado a isso existem muitos fatores que atuam de forma conjunta para criar esse cenário, como a situação econômica do país, níveis de pobreza, desigualdade, desemprego e principalmente o altos nível de cobrança que as pessoas enfrentam em sua vida profissional e pessoal. Isso pode ser constatado pelo fato de o numero de diagnósticos em mulheres ser maior, dois terços das pessoas que recebem o diagnóstico, segundo estatísticas do Instituto Nacional de Saúde Mental no Estados Unidos. Sendo assim, a pressão da sociedade sobre as mulheres, em relação a padrões de beleza, comportamentais e até mesmo na profissão que deve seguir precisa ser combatida. Torna-se evidente, portanto, o fato de a ansiedade ser a doença do século e a necessidade de combater suas causas. Desse modo, cabe ao Governo Federal, juntamente com as escolas e psicólogos agir para solucionar tal problemática. Sendo assim, é de suma importância que o Governo Federal invista em campanhas de conscientização nas escolas por meio de aulas, palestras e debates com médicos e psicólogos, para que pais e filhos compreendam a gravidade dos transtornos de ansiedade e consigam conviver melhor com seus sintomas, e a sociedade em geral consiga parar com a cobrança excessiva sobre as pessoas.