Em fevereiro de 2017, foram divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) estimativas que apontavam o Brasil como o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo. A ansiedade é um sentimento natural aos seres humanos, é comum ter ansiedade diante de situações peculiares, como uma prova ou entrevista de emprego, no entanto, ela começa a se tornar doença quando direcionada a situações comuns do cotidiano, sendo agravada pelo fato de que muitos ainda não a aceitam como doença. De acordo com o professor de psiquiatria Aubrey Lewis, a ansiedade é um estado emocional dirigido para o futuro, desproporcional e com desconforto subjetivo. Apesar de todas as definições, é difícil indicar um fator isolado que possa explicar o aumento dos casos de ansiedade, porém no Brasil, os principais fatores de risco são a economia do país e seus altos níveis de desemprego, pobreza e desigualdade social. Ainda segundo a OMS os governos não dão a devida atenção a esse problema de saúde, mesmo que no Brasil o número de diagnósticos do transtorno já ultrapasse de 15% do total da população. Em virtude disso, embora a patologia já tenha sido categorizada no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, grande parte da sociedade continua tendo preconceitos ao lidar com o caso. Em suma, por estar no topo do mundo em relação a taxa de ansiedade, para o Brasil, como forma de não subestimar o transtorno, faz-se necessário que o Governo Federal, juntamente com o Ministério da Saúde, crie programas de conscientização do distúrbio, ao ministrar palestras de profissionais qualificados em eventos escolares e empresariais. Dessa forma, os alunos e os funcionários conseguirão abordar a ansiedade de uma forma menos preconceituosa, podendo auxiliar e apoiar aqueles que precisam.