A Pós-Modernidade, iniciada em 1989, com a expansão da globalização modificou os relacionamentos e possibilitou a acessibilidade da tecnologia. Contudo, concomitante a essas mudanças ocorre o avanço dos transtornos mentais que são respostas ao excesso da tecnologia e do consumo. O consumismo é retratado pelo poeta moderno Carlos Drummond no poema "A Flor e a Náusea" sendo uma problemática que traz consequências a malha social, como a formação de indivíduos egoístas e ansiosos para alcançar a ascensão social. Nos jovens, o pensamento meritocrático favorecido pela competitividade dos vestibulares, tornam-os vulneráveis ao transtorno da ansiedade, principalmente quando a profissão escolhida envolve um estudo intenso para alcançar determinada pontuação. Ademais, há a maior incidência de casos de ansiedade entre as mulheres, segundo a OMS esse transtorno é duas vezes mais comum entre elas. Essa divergência entre homens e mulheres ocorre devido às mulheres estarem mais sujeitas as pressões da padronização do corpo e da beleza. O anseio pelo corpo perfeito é possibilitado pelo consumo da indústria fitness, que se propaga principalmente nas redes sociais e vende um resultado fácil e imediato. Quando esse processo não se concretiza muitas mulheres enfrentam problemas de autoaceitação, sendo a prevalecente a ansiedade. A ansiedade é uma doença que normalmente tem causas sociais, por isso deve ser feito propostas que amenizem a pressão da sociedade. É necessário que o Ministério da Educação invista em projetos que permitam a entrada de mias jovens no ensino superior, diminuindo a competitividade por vagas universitárias, bem como contrate psicólogos que acompanhem o cotidiano dos jovens no ambiente escolar. O Ministério da Saúde por sua vez deve criar campanhas para mostrar as consequências de um quadro de ansiedade e incentivar os indivíduos a procurarem ajuda médica.