Título da redação:

A desigualdade social como fator motivador da ansiedade

Tema de redação: O aumento dos casos de ansiedade no Brasil

Redação enviada em 03/11/2018

A ansiedade é uma emoção comum a todos os seres humanos. Contudo, quando em excesso, ela pode se desenvolver ao ponto de virar uma doença. Especialistas tratam a ansiedade excessiva como um transtorno mental. Para entender a doença é necessário analisar seus fatores. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 23,9% dos brasileiros tem algum transtorno de ansiedade. O Brasil é o país com maior taxa de pessoas com o transtorno no mundo e o mais deprimido da America Latina. A ansiedade engloba diferentes sintomas como ataques de pânico, fobias, transtornos compulsivos, estresse pós- traumático. Mas se apresenta geralmente através da dificuldade na concentração, preocupação excessiva e problemas para dormir. O aumento do número de casos de ansiedade no Brasil é decorrente de um contexto extremamente complexo e que não possui apenas um único fator motivador. O especialista Dan Chisholm, da OMS, relata que no contexto brasileiro os principais fatores de risco são a situação econômica do país, os níveis de pobreza, a desigualdade e o desemprego, além de fatores ambientais como o estilo de vida. Assim, as principais causas de ansiedade são decorrentes da insegurança advinda da renda, ou seja, uma mãe de família, pobre, desempregada e que necessita sustentar a família inteira e não é assistida pelo governo por meio de políticas públicas (como saneamento básico, por exemplo), estará mais suscetível a sofrer de crises de ansiedade em comparação a um homem, rico, que não possui filhos e é assistido pelo governo. Dessa forma, a ansiedade não é um problema apenas de saúde pública, mas um problema que precisa de resolução prioritária do governo. Isso por que diferentes setores do governo estarão envolvidos para corrigir o problema. Por se tratar de um problema que tem uma de suas origens a desigualdade social, o Estado poderia promover políticas publicas de redução da pobreza (saneamento básico, escolarização e segurança). Com a promoção de uma vida digna, os casos de ansiedade diminuíram. Para os pacientes que sofrem desse transtorno, o Sistema Unificado de Saúde ampliaria o número de pacientes que receberiam acompanhamento médico constante.