A Constituição Federal de 1988 assegura a todo indivíduo o direito à vida. Entretanto, ao se analisar o volumoso número de homicídios entre os jovens brasileiros, verifica-se que essa seguridade é constatada na teoria e não desejavelmente na prática, logo, a problemática persiste intrinsicamente ligada à realidade do país. Nesse sentido, convém analisar as principais causas, consequências e possíveis soluções para esse impasse. Primordialmente, é controvertível que questões legislativas estejam entre as causas do problema. Atualmente, sabe-se que existem vários projetos e leis que beneficiam a juventude, mas se verifica a efetivação de poucas delas. Dessa forma, devido à carência de uma educação de qualidade, momentos de lazer e demais suportes que deveriam ser promovidos pelo Estado, muitos jovens acabam praticando homicídios. Segundo um estudo feito pela equipe do professor José Eustáquio Diniz, demógrafo do IBGE, em 2018, foi encontrada uma forte correlação entre a oferta de escola de qualidade e de emprego e a violência. Onde existia os benefícios, a violência era menor, já onde inexistiam, ela crescia. Essa conjuntura mostra que, embora as legislações brasileiras sejam consideradas como uma das mais modernas do mundo, elas enfrentam obstáculos na aplicação de muitos de seus dispositivos. Outrossim, destaca-se questões sociopolíticas como possíveis decorrências da problemática. A Geografia nos mostra, por intermédio do estudo das pirâmides etárias, que o Brasil tende a se tornar um país de pessoas idosas. Nessa perspectiva, caso não ocorra a diminuição no número de mortes entre a juventude, a nação tenderá a passar por problemas de ordem social e administrativa. Na eventual ocorrência dessa conjuntura, o Governo terá que arcar com os gastos dos benefícios sociais sem a contribuição da população economicamente ativa, gerando complicações nos setores administrativos nacionais, pois sem a circulação de capital, as possibilidades do Estado manter os programas sociais se tornam escassas. Desse modo, é notório que o aumento no número de homicídios entre os jovens necessita ser mitigado. Portanto, cabe aos órgãos do Poder Judiciário, juntamente com as câmaras municipais, fiscalizar o cumprimento das leis, criar novas se for necessário, por meio de reuniões com a população civil e os vários Ministérios, traçando metas, no intuito de consumar as normas, proporcionando a juventude um convívio social efetivo e harmonioso, objetivando o fim dos atos violentos. Concerne às famílias, mediante uma boa educação dialética, formar um corpo juvenil que seja contrário a qualquer forma de violência, buscando a extinção dela. Assim, será possível a construção de uma nação na qual todos convivam em conformidade, de modo que se desenhe um futuro melhor.