"A violência é tão fascinante e nossas vidas tão normais”, letra da música "Baader-meinhof Blues” da banda Legião Urbana, retrata sobre a violência abundante no Brasil. Tal fato torna-se atual no contexto da sociedade brasileira com os homicídios de jovens. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Justiça Pública, cerca de 54,5% dos homicídios ocorridos são de jovens. Esses números reforçando a importância da necessidade de melhora da qualidade da vida juvenil. Para compreender esse quadro complexo, é imprescindível reconhecer as situações de vulnerabilidade social imposta a esses jovens. De acordo com Adorno, o termo "vulnerabilidade" procura entender todo o conjunto de elementos que caracterizam as condições de vida e as possibilidades de uma pessoa ou de um grupo com condições mínimas de educação, saúde, entre outros. Tal situação, os tornam expostoas à drogas e violência, resultando na segregação socioespacial, ou seja, a periferização/marginalização. Decorrente disso, a situação de invisibilidade social, agrava as condições desses sujeitos, já que a sociedade não se mobiliza em prol deles. Contudo, a mídia naturaliza o assassinato do jovem com um discurso polarizado, classificando-o como "cidadão do bem" ou "marginal". Assim , esses modelos mentais ativos impostos pela mídia trazem a sensação de justiça. Diante disso, é nítida a necessidade de mudanças que assegurem aos jovens o direito à vida. Em síntese, a Escola, responsável pela formação do indivíduo, junto com o Ministério da Educação, deve promover palestras pedagógicas feitas por jovens que já se envolveram com o tráfico ou prostituição, por conta da marginalização, com o propósito de fazer os estudantes compreenderem que a criminalidade não compensa a obtenção de bens materiais, que promove a visibilidade social. Dessa forma, o homicídios de jovens causado pela marginalização irá diminuir e possibilitar uma melhor qualidade de vida para esses jovens, de forma garantida e menos violenta.