Buscapé, protagonista do filme “Cidade de Deus”, revelou por meio das suas fotografias o dia a dia de violência na favela mais perigosa do Brasil. Entretanto, hoje, o roteiro desse personagem é a realidade de muitos brasileiros que enfrentam o aumento de homicídios sofridos por jovens. Assim, essa questão merece atenção, pois viola princípios constitucionais e perpetuar o preconceito com a juventude. Primeiramente, vale ressaltar que embora o artigo 5º da Constituição Federal de 1988 determina que todos tem direito a vida e segurança, parece que isso não está acontecendo, visto que o homicídios na juventude vem crescendo. Essa situação pode ser confirmada pelo Atlas da Violência, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública que constatou um crescimento de 17,2% na taxa de assassinatos de jovens entre 2005 a 2015. Tal fato ocorre por conta de delinquência juvenil, pobreza, envolvimento com drogas e ou crimes, disfunção familiar entre outros fatores. Outro ponto preocupante é que muitos jovens em pleno século XIX, ainda são discriminados. Assim, preconceito é um fardo que confunde o passado ameaça o futuro e torna o presente inacessível, no dizer de Maya Angelou. Desse modo, a discriminação, pode ser evidenciadas pelos “Black Bloc”, grupos jovens vestidos de preto que incitam a violências em ocasiões importantes, como em manifestações. Logo, por conta de uma pequena parcela de jovens rebelde, os demais são afetados, fazendo com que preconceito possa persistir, tornando mais difícil a inclusão desses na comunidade, pois de acordo com Durkheim a sociedade molda o ser humano. Mediante o exposto, fica claro medidas devem ser tomadas para solução do problema. Portanto, para resolver esse impasse, cabe as autoridade disponibilizar 7% do valor arrecadado com o PIB para o Ministério da Educação poder investir em construções de escolas e na contratação de professores, visando dar oportunidade para os criminosos abandonarem o crime. Além disso, o Ministério da Justiça junto com o Congresso Nacional deverão rever o sistema de penal, a fim de que os criminosos cumpra devidamente sua pena, diminuindo a incidência no crime e de futuras infrações. Dessa forma, a taxa de homicídios na juventude irá diminuir, fazendo valer o que a Constituição Federal garante.