A Constituição Federal de 1988 assegura a todo indivíduo direito à segurança. Entretanto, ao analisar a atual conjuntura do país, observa-se que essa asseguridade conta apenas no plano teórico e não desejavelmente na prática. Nesse sentido, o número de homicídios entre os jovens cresce de forma exponencial a cada ano, tornando-se uma problemática de esfera social e governamental. Em primeira análise, tomando como base o expoente iluminista Isaac Newton, é possível adotar sua terceira lei -ação e reação- para correlacionar aos mecanismos de causa e consequência do problema. Assim, como causas pode-se notar a impunidade nos casos de homicídio, devido ao Poder Executivo e Judiciário. Aliás, segundo o G1, em média, apenas 10% dos casos são solucionados e destes, em menos de 10 anos, 70% dos condenados são liberados. Além disso, outros fatores são a diferença social e o acesso à educação, uma vez que muitos jovens de regiões mais pobres veem o crime como uma saída frente à miséria e uma forma mais fácil de melhorar a vida em um país tão desigual. Outrossim, em segunda análise, ao avaliar as consequências tem-se o aumento do índice de morte, de acordo com o Ipea, mais de meio milhão de pessoas foram assassinadas na última década, sendo 57% jovens entre 15 e 19 anos. Ademais, outra grave consequência encontra-se no plano econômico, uma vez que o país tende a tornar-se "mais velho", pois o número de idosos cresce mais do que o de nascimentos. Com isso, nota-se um déficit entre o número de pessoas economicamente ativas e de dependentes previdenciários. Entretanto, esse déficit vem sendo maximizado pelos homicídios de jovens brasileiros, prejudicando ainda mais a situação econômica verde e amarela nas próximas décadas. Nesse ínterim, torna-se evidente que o aumento de homicídios entre os jovens apresenta diversos impasses que necessitam ser revertidos. É essencial, portanto, que o poder executivo fiscalize o cumprimento das leis de forma mais eficiente, não apenas em centros urbanos, mas também em áreas mais pobres e de menor densidade populacional, a fim de trazer segurança a todo indivíduo. Ademais, cabe ao Poder Judiciário julgar os crimes do país e não apenas arquivar como é feito atualmente, deve também, juntamente com o legislativo, determinar penas mais severas para os casos de homicídio, para que os condenados, tanto ricos quanto pobres, fiquem presos e paguem o preço por suas ações. Destarte, busca-se diminuir o índice de homicídios entre os jovens e atingir um equilíbrio social baseado na 3ª Lei de Newton.