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Redação sem título.

Tema de redação: O aumento de homicídios entre os jovens brasileiros e seus fatores motivadores

Redação enviada em 23/07/2018

O direito à vida é uma prerrogativa assegurada na Carta Magna Brasileira desde 1988. Contudo, o crescente número de homicídios, entre os jovens, é uma realidade que desrespeita esse direito. Ora, a mudança desse cenário é um desafio que exige comprometimento e seriedade do Estado. Em primeira análise, o combate ao tráfico de drogas vitima jovens pobres e negros nas periferias de todo o Brasil. O Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (IPEA) denuncia que 71,5% das vítimas de homicídio no Brasil são negras. Nesse sentido, o caso do jovem Marcos Vinícius, de 14 anos, morto enquanto trajava o uniforme da escola, no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, radiografa a negligência e o despreparo agentes de segurança pública com a vida das populações de periferia, que estão na “linha de fogo” da guerra contra o tráfico. Em segunda análise, a falta de orientação e oportunidades coloca os jovens em situações de vulnerabilidade e marginalidade. Nessa perspectiva, um levantamento realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), na América Latina, revelou que 43% das mortes de jovens são atribuídas à violência interpessoal. Esse dado reforça o fato de que boa parte dos homicídios, entre os jovens, no Brasil são motivados por questões torpes ou fúteis, como vingança ou rixas. Além disso, o feminicídio é um tipo de crime que se enquadra nessas estatísticas e que envolve questões sociais e de gênero que precisam ser combatidas. O genocídio dos jovens é uma realidade complexa e incompatível com uma nação que busca o desenvolvimento. Portanto, a sociedade e o Estado aceitarem que as soluções populistas e punitivas fracassaram é o primeiro passo para se abrir espaço para discussão de novas vias de combate a essa mazela. Ademais, o Ministério da Segurança Pública junto à Polícia Militar deve reformular suas estratégias de combate a violência investindo em inteligência na resolução das investigações dos homicídios e no treinamento dos policiais que estão nas ruas. Outrossim, o Ministério de Segurança Pública precisa humanizar as prisões, dando dignidade aos presos e criando oportunidades de estudo e profissionalização para que eles se ressocializem. Por fim, urge-se que o Estado invista em educação de qualidade, esporte e lazer para que os jovens tenham oportunidade de construir um futuro longe da marginalidade.