De acordo com Milton Santos, importante geógrafo brasileiro, o Brasil está inserido no contexto técnico-científico-informacional, isto é, o país é composto por uma teia na qual ocorrem interações sociais entre grupos de diversas faixas etárias, incluindo jovens. Esses que são o futuro da nação. Entretanto, no limiar do século XXI, o aumento da incidência de homicídios entre os jovens cria um cenário desafiador à sociedade brasileira. Em primeiro plano, é necessário analisar as atuais condições dos jovens que compõe essa camada social. Segundo Émile Durkheim, sociólogo francês do século XX, cada instituição social como a família, religião e o trabalho são mecanismos que mantém o indivíduo coeso à sociedade. Assim, quando uma pessoa é marginalizada de acessos essenciais para se sentir integrado na comunidade aonde vive, há uma busca por alternativas de socialização ou escape que está relacionado a criminalidade. Outrossim, a partir de dados do Atlas da Violência, coletado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, houve aumento de 7,4% nos homicídios entre 2015 e 2016 e ao observar o cenário brasileiro nesse período, coincidentemente é o qual aconteceu instabilidades políticas, aumento no desemprego. Paralelamente, outros fatores motivadores devem ser levados em consideração como o envolvimento de jovens com entorpecentes, ao consumir ou traficar estão envolvidos em um sistema cruel no qual o deslize é punido com a morte. Depreende-se, portanto, que para impedir e prevenir homicídios entre jovens são necessárias medidas imediatas. A fim de interromper os dados alarmantes do Atlas da Violência, o Governo Federal deve criar em áreas com alto índice de homicídios o órgão Vida para Todos (VIDA), oferecendo cursos profissionalizantes, assistência médica e psicológica gratuita e indiscriminado para a população. Ademais, servir como abrigo para aqueles ameaçados de morte até ser afastado do perigo.