Em 2016, o Brasil registrou aproximadamente 60.000 homicídios, ultrapassando países em guerra como a Síria. Desse número, cerca de 32.590 homicídios foram de jovens entre 15 e 29 anos, evidenciando o aumento da violência entre essa faixa etária, que por sua vez é impulsionado por fatores como evasão escolar, disfunção familiar, pobreza e uso de drogas. Primeiramente deve-se salientar que as maiores taxas de violência se encontram nas camadas mais pobres da sociedade, onde há densa atividade do narcotráfico, o que cria um elo com outro agente, o crescente consumo de drogas: nota-se hoje no Brasil uma "popularização" das drogas entre os jovens, sejam lícitas ou não. Essa condição é nociva justamente pelo caráter hostil e agressivo que grande parte das drogas causam nos usuários, principalmente em dependentes. Em segundo plano, outros agentes importantes são a evasão escolar, que hodiernamente implica em baixíssima aceitação no mercado de trabalho e prática de crimes, como assalto, e a disfunção familiar, que produz no indivíduo comportamento agressivo e auto-destrutivo. Vê-se que estes quatro fatores estão interligados: o envolvimento na criminalidade e comportamento auto-destrutivo pode abrir precedente ao uso de drogas, e muitas das famílias disfuncionais situam-se em locais de baixa renda, que por sua vez apresentam dificuldades ao estudo dos jovens como escolas distantes e falta de transporte escolar, fechando o ciclo com a entrada na criminalidade. Conclui-se que diante de um problema tão complexo devido à suas diversas causas, é necessário uma ação conjunta do Governo Federal, Ministério da Educação e Ministério da Saúde que promova combate à evasão escolar e consumo de drogas por meio de escolas e mídia, instruindo professores, promovendo palestras e incentivando a discussão na internet, rádios e programas de TV, além da veiculação de propaganda nesses meios. É dever do Ministério da Justiça punir pais e responsáveis abusivos e alertar toda a população sobre o perigo de uma família disfuncional pelos mesmos meios midiáticos citados acima, informando a importância de um ambiente familiar saudável.