Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa o aumento no número de mortes entre adolescentes e adultos no Brasil, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela insuficiência da estrutura especializada nesse setor, seja pela lenta mudança de mentalidade social. A princípio, é possível perceber que essa circunstância deve-se a questões políticas-estruturais. No país os processos são demorados e as medidas coercitivas acabam não sendo tomadas no devido momento. Nessa perspectiva, a partir da lentidão e da burocracia do sistema punitivo, o seu combate é minimizado e subaproveitado, já que não há interferência para mudar essa situação. Desse mordo, de acordo com o portal de notícias G1, a taxa de homicídios de jovens com idade entre 15 e 29 anos cresce 17,2% entre 2005 e 2017. Por essa razão, muitos indivíduos ao verem essa ineficiência, continuam a praticar seus crimes e não serem punidos. Assim, é demonstrado a falha no cumprimento da justiça brasileira. Outro ponto relevante, nessa temática, é o conceito de fato social defendido pelo sociólogo Émile Durkheim, que explica a sociedade como uma maneira coletiva de agir, sendo exterior, coletiva e coercitiva ao indivíduo. Dessa forma, observa-se que se um indivíduo vive em uma sociedade no qual os cidadãos demoram para agir, frente aos problemas sociais, não fazendo a devida cobrança dos seus governos e pressionando seus representantes na luta pela redução da criminalidade entre os jovens, tende a adota-los também por conta da convivência em grupo. Logo, esse comportamento ratifica sua passividade e crença na naturalidade desses crimes e seus fomentadores, agravando o problema no Brasil. Diante do exposto, torna-se evidente a necessidade de mudança dessa realidade. Logo, cabe ao Governo Federal deve fazer parcerias com as Ong's para que possam encaminhar, mais rapidamente, os casos criminais entre os jovens e o Estado fiscalizar o andamento dos processos. Passa a ser função também das instituições de ensino promoverem aulas e palestras sobre o assunto, com o intuito de conscientizar a respeito da violência. Além disso, a mídia, juntamente com as empresas privadas, devem promover a mobilização da sociedade, com abaixo assinados e manifestações para pressionar os governantes com o intuito de criar projetos de leis mais eficientes contra a violência.