Uma pesquisa publicada pelo portal de notícias BBC mostra que a maior causa de morte entre jovens é a violência interpessoal, e de acordo Jean-Paul Sartre, “a violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota”. Assim, quando se pensa no número de jovens assassinados, atualmente, no Brasil, comprova-se a indispensabilidade de mudar essa realidade. É indiscutível que as interrelações entre o Estado, o indivíduo e a sociedade influenciam no impasse. Afinal, segundo um estudo realizado pela ONU, o Brasil está entre os cinco países mais desiguais do mundo. Dessa forma, toda esta desigualdade social, que aparenta ser de ordem inercial, está intimamente ligada com o aumento de homicídios, pois jovens e adolescentes sem oportunidades acabam tornando-se mais suscetíveis ao crime organizado e a todas as suas mazelas, dentre elas: a violência. Sob este ponto de vista, é correto afirmar que o grau de escolaridade e os ambientes de socialização interferem na formação moral dos indivíduos. Nesse sentido, o Atlas da Violência revela que as cidades onde se tem os melhores índices de escolaridade e de renda são menos violentas. Desse modo, uma análise prática permite concluir que boa parte dos jovens assumem muito cedo responsabilidades para complementar a renda familiar que ameaçam direitos como saúde, educação e lazer, ou seja, um pleno desenvolvimento social. Urge, portanto, a necessidade de diminuir o número de homicídios no território nacional. Logo, cabe aos educadores de cada município atentar-se para o real motivo da evasão escolar dos jovens e dos adolescentes, e isso pode ser feito por meio do diálogo e da confiança estabelecida entre educando e educador. Dessa maneira, o efeito de ter pessoas de pouca idade por mais tempo frequentando as aulas produzirá como resultado melhores oportunidades de emprego, e felizmente, cada vez menos os jovens serão obrigados a recorrer caminhos perversos que culminam em crimes como homicídios.