O homem vem buscando de diversas maneiras tratar dificuldades pessoais, sejam elas de relacionamento interpessoal ou convívio social. Em sua obra "O suicídio", Émile Durkheim explora e estuda fatores que levam determinados cidadãos a tal fenômeno, fora do contexto literário a sociedade contemporânea enfrenta problemas de mesmos vieses, seja pela ausência de diálogos familiares voltados tal assunto, seja pela falência estrutural escolar no que refere-se ao auxílio de pais e alunos. Segundo a OMS, Organização Mundial da Saúde, no ano de 2012, foram registrados 11821 casos de suicídios no Brasil, ainda segundo essa, o maior número de vítimas são jovens de 15 a 19 anos. A ausência de diálogo entre os pais como também a não percepção de mudanças comportamentais nos filhos, corroboram para o aumento desses dados. Ademais, o tabu ao qual o padecente é enquadrado sendo nomeado como frágil ou até mesmo preguiçoso, reafirma que o cidadão falha por falta de informação, auxiliando o mártir na drástica escolha de findar sua própria vida. Outro sim, a neutralidade escolar ao comportamento de alunos como a ausência de projetos voltados a discussão entre esses, são fatores que corroboram para o aumento de casos de suicídios na sociedade. Segundo o jornal "Folha de São Paulo", de 2000 a 2015, os suicídios aumentaram 65% entre pessoas com idade de 10 a 14 anos e 45% de 15 a 29 anos, ainda segundo esse, a fase é marcada pela pressão escolar sobre os alunos a respeito da carreira escolhida e ao bom desempenho em sala de aula. Desta forma, a maquinização do ensino como também a objetivação do aluno, são motores que contribuem no crescimento desses casos. Por fim, é notório a estreita ligação entre a ausência de diálogo familiar e a precária preparação escolar. Portanto, urge a necessidade de um grande programa educacional voltado a instrução familiar e criação de espaços para discussão nas escolas, realizado em etapas. Inicialmente, a Secretaria da Educação, Centro de Valorização da Vida e Ongs, através de encontros com os pais e responsáveis, trabalharão o diálogo por meio de rodas de conversa, os encontros acontecerão aos finais de semana e contarão com a presença de psicólogos para maior auxílio familiar. Posteriormente, o Ministério da Educação e empresas privadas, por meio de projetos de prevenção e auxílio, atuarão nas escolas por meio de encontros no contraturno escolar entre alunos e psicólogos, os encontros serão acompanhados por um responsável da escola e os relatórios disponibilizados aos pais, a fim de garantir uma melhor sociedade e maior apoio a vítimas de casos como esses.