Os homicídios entre os jovens no Brasil, segundo dados do Atlas da Violência 2018, aumentaram entre 2015 e 2016. O agravamento desse cenário decorre por falta de acesso a educação de qualidade e, por conta dessa defasagem, leva adolescentes, diversas vezes, as drogas. Além disso, o poder econômico de cada indivíduo, torna isso uma problemática maior visto que os mais pobres não tem condições de pagar por uma educação melhor e dependem do ensino gratuito. De fato, a educação pública no país está longe de chegar perto de bom devido aos poucos investimentos recebidos. Em recente matéria, o jornal Folha de São Paulo mostrou que a média no ENEM nessas escolas não ultrapassava os 510 pontos, o que comprova a ineficiência dessas instituições frente as privadas, que atingiram médias de até 714 pontos. Esses jovens, por acharem que não terão muitas oportunidades perante as dificuldades enfrentadas durante a vida escolar, acabam buscando por uma válvula de escape, as drogas. Portanto, sem estímulos ou perspectivas de melhora, se drogam, se envolvem em brigas e na pior das hipóteses, morrem assassinados por estarem envolvidos nesse meio e entram para as estatísticas. Em decorrência disso, cabe ao Governo Federal e ao terceiro setor a tarefa de reverter esse quadro. O terceiro setor – composto por associações que buscam se organizar para conseguir melhorias na sociedade – deve conscientizar, por meio de palestras e grupos de discussão, os pais e os familiares das crianças para que discutam com elas a respeito da importância da educação e para que se esforcem na escola. Por fim, o Estado deve seguir com investimentos nas instituições de ensino e fiscalizar para que o dinheiro não seja desviado. Além disso, ele deve criar programas de incentivo, como, por exemplo, uma viagem de fim de ano para a turma com maior nota. Com esses atos, os homicídios por falta de acesso a educação e a melhores oportunidades, certamente diminuirão.