Um jovem marcado pela precisão de uma solução imediata e cercado por sangue de uma realidade impiedosa. Assim, retratado pela 2ª temporada da minissérie "Cidade dos Homens", a juventude se desfaz pela linha tênue entre a precariedade social, em que vive, e a necessidade, iminente, de melhora. A insuficiência de subsídios na periferia, evidenciada no livro "O Cortiço" de Aluísio Azevedo, mostra a realidade maltrapilha que persiste, por anos, nas favelas brasileiras. Desse modo, a baixa infraestrutura - , de segurança, de educação e de saúde - deixa a sociedade ficar "a mercê" da exaustiva violência contra a dignidade humana e das balas perdidas, resultado , de confrontos , desenfreados, entre facções e policiais. Outrossim, o fator precariedade não diminui a necessidade vital, e diária, dessa comunidade. Por isso, o imediatismo, implantado pelo capitalismo pós Guerra Fria, desenfreia a busca por meios de obter condições melhores, direcionando os jovens à facilidade do meio ilícito, que, por sua vez, encanta-os com seus privilégios. Logo, mesmo com os contantes avanços e melhorias, as habitações populares, ainda, encontram-se em altos índices de marginalização, revelando, por fim, que a "necessidade faz o ladrão" e que os altos índices de homicídios agravam-se, não somente , por meio da má administração brasileira. Em vista do mencionado, essa comunidade deve propor, por meio de plebiscitos, a efetiva atuação governamental, a fim de sempre manutenir as questões básicas da dignidade humana. De outra forma, o ente federativo municipal, aumentar o policiamento dessa região, auxiliando na segurança e mostrando a importância que a administração deve a esse corpo social.