Desde a redemocratização do Brasil — com as "Diretas Já" — em 1983, entende-se que uma sociedade só progride quando todos se unem em prol de uma causa. No entanto, quando se observa o aumento dos homicídios entre os jovens brasileiros, nota-se, portanto, que essa concepção ficou esquecida nos livros de História, visto que a segregação social e o descaso da população em querer ajudar as outras pessoas corroboram a permanência desse problema. Logo, convém analisar as principais causas permeados por essa problemática. Primordialmente, a segregação social pode contribuir, consideravelmente, para o aumento dos números de homicídios entre os jovens. Sob esse aspecto, isso acontece porque muitas famílias, vítimas das desigualdades sociais, não possuem tempo para acompanhar os filhos, seja na escola ou em casa. Dessa maneira, os jovens ficam à mercê de terceiros, os quais, muitas vezes, apresentam substâncias nocivas para eles, tais como a droga e o álcool. Nessa perspectiva, esses jovens ficam longe dos ensinamentos das escolas e se envolvem em conflitos, como brigas em baladas e acidentes de trânsito, tendo como consequência as mortes. Em segundo lugar, essa conjuntura, de acordo com as ideias do filósofo contratualista J.J. Rousseau, configura-se em uma violação do "contrato social", o qual é caracterizado pela obrigação do Estado em cumprir sua função. Todavia, esse não cumpre a sua obrigação de criar ONG's que ajudem integrar os jovens marginalizados na sociedade, haja vista que, segundo dados do Atlas da Violência, em 2018, o número de homicídios entre os adolescentes cresceu 7,1% de 2015 a 2016. Nesse sentido, fica evidente esses jovens foram vítimas das desigualdades sociais, pois, sem o apoio da população, da escola e do Estado, eles não conseguem se desenvolver como cidadão. Infere-se, portanto, que é imprescindível a mitigação desse problema no Brasil. Prontamente, o Ministério da Educação, em parceria com o Terceiro Setor, deve criar uma ONG em todas as escolas de bairros carentes, com a finalidade de profissionais contratados pelo governo e pessoas voluntárias possam visitar as casas de todos os moradores, orientando os pais e os jovens a importância de frequentar a escola para o desenvolvimento pessoal. Atrelado a isso, as escolas devem promover atividades lúdicas no contraturno escolar, de modo que o adolescente cresça em um ambiente que ele possa desenvolver suas habilidades como jovem e cidadão. Decerto, assim, com a ajuda do Estado e da sociedade, os números de homicídios entre os jovens diminuirão.